JN História

Nota histórica

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Data de 13 de abril de 1283 a fundação do primeiro cenóbio de clarissas em Coimbra, fundado por D. Mor Dias, mas nem cem anos durou essa comunidade, devido a querelas com os padres de Santa Cruz. É à instituiçã­o que lhe sucedeu, fundada em 1314 por licença do Papa Clemente V a Isabel de Aragão, rainha de Portugal, que nos reportamos. Há notícia, logo em 1316, de obras no local onde se encontrava o mosteiro primitivo, e em 1322 temos referência aos “paços da rainha” numa bula de João XXII, o que significa que a esposa de D. Dinis, três anos antes da morte deste, já se albergava no espaço onde se instalaria em definitivo na viuvez. Lá viveram, depois, o futuro rei D. Pedro I e D. Inês de Castro, podendo ter sido ali que esta foi executada (ali recebeu sepultura, sendo depois trasladada para Alcobaça), embora a tradição popular tenha estabeleci­do que foi na Quinta das Lágrimas, que fica perto. No século XV, há notícias de obras estruturai­s importante­s, pois o problema das cheias e do assoreamen­to existia desde o início (em 1333, quando ficou concluído o hospício para peregrinos, era referida a gravidade da situação), mas ali se realizou o casamento do rei D. Duarte. No terceiro quartel do século XVI, um sismo fez desabar os paços da rainha e o hospício, cujos alicerces estavam degradados pelas cheias, e as intervençõ­es no mosteiro eram, quase sempre, remedeios. Em 1647, D. João IV ordenou a transferên­cia das monjas para o monte da Esperança, onde se ergueu o Mosteiro de Santa Clara-a-Nova e para onde se levou o túmulo da Rainha

Santa. A mudança concretizo­u-se em 1677.

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