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A escova de dentes evoluiu muito ao longo dos séculos. Mas só quando o nylon foi inventado é que a higiene oral se tornou hábito. Pelo menos para alguns...

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Tem mais ou menos a dimensão de um lápis. É uma espécie de ramo com uma das pontas esfiadas. As fibras à mostra. À primeira vista, até parece um pincel, mas, na verdade, é uma escova de dentes. Esta, em particular, encontrara­m-na dentro de um sarcófago egípcio com cinco mil anos. É o apetrecho do género mais antigo que se conhece. Na época era assim: mascavam-se ramos de plantas, raízes de árvores ou fibras vegetais até que as pontas se soltassem e ficassem com um aspeto que permitisse escovar os dentes.

A higiene dentária, já antes dos egípcios, era uma preocupaçã­o para os diferentes povos do mundo. Sabe-se, por exemplo, que os assírios – do império do Antigo Oriente Próximo e do Levante – faziam dos próprios dedos escovas. Outros valiam-se de folhas. Manuscrito­s da Babilónia referem que em 3500 a.C. os dentes eram limpos com palitos de ouro. Os gregos retiravam os restos de comida com penas de abutre e espinhos de porco-espinho. Ainda na Grécia, Diocles de Caristo, um médico do século IV a.C., deixou escritas recomendaç­ões aos pacientes: todas as manhãs deviam colocar uma fina camada de hortelã nos dentes e nas gengivas e depois esfregar com os dedos. Os romanos recorriam a um método parecido. Os ingredient­es é que eram diferentes. Tinham

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