DRAGÃO LEVANTA VOO PARA O CLÁSSICO
F. C. Porto sofre, mas vence dérbi muito disputado Resistência do Boavista quebrada perto do fim
O F. C. Porto saiu a sorrir do Bessa, após somar três pontos num jogo dificílimo. Um golo de Jackson e outro de Brahimi, já na reta final, garantiram um triunfo que mantém os dragões na luta pelo título.
Chegou a ser possível, mesmo iminente, a repetição da história improvável do dérbi da primeira volta, que terminou empatado a zero. Um Boavista de faca nos dentes conseguiu travar o F. C. Porto durante quase todo o jogo de ontem, mandando às malvas a diferença de orçamentos e de qualidade individual entre as duas equipas. Vindos de uma prometedora jornada europeia, os portistas sentiram imensas dificuldades para derrubar a muralha erguida por Petit (correu e protestou quase tanto na linha lateral, como nos melhores momentos da carreira de jogador) e o nulo do Dragão ameaçou reassistir Mas a artilharia pesada que veio do banco de Lopetegui viria a dar frutos...
O técnico azul e branco surpreendeu com a inédita titularidade de Hernâni, numa noite em que já se sabia que teria de mexer imenso no onze habitual, devido às ausências forçadas de Danilo, Alex Sandro, Casemiro e Óliver Torres. Conforme o esperado, o F. C. Porto teve uma posse de bola esmagadora, mas a primeira real oportunidade surgiu apenas a um minuto do intervalo, quando Quintero saiu da sombra para Jackson, que desperdiçou. Antes, já o árbitro Hugo Miguel tinha deixado passar um penálti de João Dias sobre Hernâni e outro lance, com os mesmos protagonistas, que podia ter dado vermelho direto ao lateral axadrezado.
Pantera ameaça
Com o relógio a correr a favor, o Boavista acreditou na segunda parte que podia voltar a tirar pontos ao vizinho. Brito obrigou mesmo Fabiano a aquecer as mãos, na única jogada de ataque com princípio, meio e fim que as panteras criaram, lançando a dúvida para os minutos finais. Lopetegui já estava a sentir o peripetir-se. go e socorreu-se dos suplentes Tello e Brahimi para desequilibrar uma partida que ameaçava tornar-se fatal para as aspirações que o F. C. Porto ainda tem de chegar ao primeiro lugar do campeonato. A 11 minutos dos 90, o extremo espanhol controlou com mestria uma bola na esquerda e serviu Jackson, que abriu o marcador, num remate habilidoso em que a bola ainda desviou no central Carlos Santos.
Pouco depois, já com mais espaço, Brahimi deu asas ao talento e definiu o resultado, selando a quarta vitória seguida dos dragões na Liga e o fim de um jejum no Bessa que durava desde 2003/04.