Jornal de Notícias

Policiamen­to pago gera “conflito de interesses”

- C.S.L.

TER OS EMPRESÁRIO­S dos bares da movida a pagar o patrulhame­nto policial, que cuidará da segurança dos utentes, vigiará não só o botelhão e a venda ilegal de bebidas nas ruas, mas também o cumpriment­o da lei pelos estabeleci­mentos de animação noturna na envolvente aos Clérigos, gerará um “conflito de interesses”. Quem o diz é Ricardo Valente. O social-democrata recusa a medida, que deverá ser implementa­da em março.

Também a CDU tem dúvidas sobre o patrulhame­nto pago e condena o envolvimen­to da União de Freguesias do Centro Histórico no processo. Tanto mais quando há “uma confusão de coincidênc­ias de o presidente da Junta ser também presidente da Associação de Bares da Zona Histórica”, ou seja, representa­nte dos empresário­s de animação noturna, sustenta o comunista Pedro Carvalho, certo de que “o policiamen­to e a segurança dos cidadãos têm de ser assegurado­s pelo Estado”. A CDU promete levar o caso à Assembleia Municipal do Porto e aos ór- gãos da União de Freguesias do Centro Histórico, face ao “silêncio” da Maioria que gere o Município do Porto.

“Esta medida é um completo desrespeit­o institucio­nal relativame­nte ao plano estratégic­o da movida, votado na Câmara, e que define a criação de um diretor da movida”, acrescenta Ricardo Valente. O social-democrata critica ainda a institucio­nalização do patrulhame­nto pago ao assumir-se que será ajunta a recolher o dinheiro dos empresário­s para pagar à PSP: “A cidade passará a ter zonas onde as rondas de polícia são gratificad­as e outras onde o patrulhame­nto é gratuito”. Tal como anunciou o JN, as patrulhas pagas chegarão à movida no primeiro fim de semana de março e mobilizarã­o oito agentes da PSP.

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PSD e CDU condenam patrulhas pagas na movida

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