Taxa de ocupação foi única a não bater recordes
57,8% dos hóspedes que estiveram em Portugal em 2014 vieram do estrangeiro
“2014 FOI O MELHOR ano de sempre para o turismo em Portugal”. A frase tem sido anunciada nas últimas semanas e foi repetida ontem, quer pelo secretário de Estado do Turismo quer pelo ministro da Economia. No ano passado, acelerou o crescimento de vários indicadores face a 2013. Mas na taxa de ocupação, apesar da subida, continua por bater o recorde, que data de 2008, com base nos números disponibilizados pelo Turismo de Portugal.
No ano passado, situou-se em 57% a relação entre o número de dormidas e o número de camas ou quarto. Uma subida de 3,8 pontos percentuais entre 2013 e 2014.
Durante este ano, deverão ser inaugurados 47 hotéis, segundo o levantamento feito pela revista “Publituris Hotelaria” e revelado pelo “Dinheiro Vivo” no início deste mês. Apesar da preocupação em relação à taxa de ocupação, que se situa abaixo de metade da oferta total local, Adolfo Mesquita Nunes referiu que “não cabe ao Estado impor quotas ou limites à abertura” de novos espaços. “São os turistas a decidir o que querem, aquilo de que gostam”, acrescentou o secretário de Estado do Turismo. Nas receitas turísticas, foi ultrapassado pela primeira vez o patamar dos 10 mil milhões de euros. Entraram 28,48 milhões de euros por dia, o equivalente à receita anual das portagens na Via do Infante, no Algarve, em 2014. Por hora, entraram 1,19 milhões de euros, segundo os dados do Banco de Portugal publicados pela entidade liderada por João Cotrim de Figueiredo.
O número de hóspedes passou de 14,4 para 16,1 milhões. Os estrangeiros representaram 57,8% dos visitantes que ficaram a dormir em território nacional, mantendo a subida verificada desde 2010.