Discípulo de Leonardo Jardim faz sonhar Chaves com a Liga
Grécia Comité Disciplinar deve ter mão pesada com o Pana sobre incidentes com Vítor Pereira
À 29.ª JORNADA , o Chaves alcançou a liderança isolada da 2.ª Liga, com 53 pontos, mais dois do que a dupla que se segue, Freamunde e Tondela. A última vitória (1-0), anteontem, sobre o Covilhã, que aumentou para cinco a sequência de triunfos consecutivos, surgiu no dia em que o técnico Carlos Pinto completou 42 anos e contou na bancada com apoio da família, a esposa Sandra e os filhos Nélson, Diana e Sofia. O TUMULTUOSO Panathinaikos-Olympia
(2-1), disputado anteontem e que teve no técnico Vítor Pereira uma das personagens centrais, vai fazer correr muita tinta. As imagens que correram o Mundo, “Foi especial. É bom estar na frente, mas o importante é manter os mesmos comportamentos. Os jogadores sabem que isso não pode ser alterado. Temos de manter os princípios que nos conduziram ao primeiro lugar”, salienta o treinador, que regressou em dezembro a Chaves, agora noutras funções, depois de ter defendido as cores grenás enquanto jogador e onde conheceu Leonardo Jardim, atual técnico do Mónaco.
“O Leonardo Jardim marcou-me muito pela forte liderança com o treinador português a fugir da ira dos fanáticos adeptos do Pana, vão ser objeto de análise por parte do Comité Disciplinar e é de prever que as medidas corretivas não sejam nada meigas.
O verniz estalou com o ritual de Vítor Pereira antes do jogo, ao conferir as redes das balizas. O seu gesto, com troca de palavras à mistura, praticamente na cara dos ultra do Panathinaikos, degenerou na confusão total, com invasão de campo e a necessidade do técnico refugiar-se no balneário, sob proteção policial.
Entretanto, a claque do Pana despejou para o relvado tudo o que apanhou à mão, desde cadeiras a petardos. O ambiente era de estado de sí- tio, mas o desafio lá se realizou, embora os incidentes tivessem durado até ao fim. No intervalo, Kasami, do Olympiacos, foi atingido por uma tocha. “Em Portugal, ou noutro país europeu, a partida tinha sido suspensa”, desabafou Vítor Pereira, após o fumegante dérbi de Atenas.
Ontem, ao JN, o treinador escusou-se a fazer mais comentários. Caberá ao Comité Disciplinar medir a gravidade dos factos, mas o Pana arrisca um castigo que pode ir até três jogos à porta fechada. A multa é inevitável e para a dureza da punição muito contribuirá o relatório do árbitro. No futuro, Vítor Pereira deverá pensar duas vezes antes de cumprir o ritual...