Técnicos pedem ao ministro demissão de Paulo Campos
O SINDICATO dos Trabalhadores de Ambulância de Emergência (STAE) enviou, ontem, ao ministro da Saúde, Paulo Macedo, e ao secretário de Estado Adjunto do ministro, Leal da Costa, um ofício a pedir “a demissão imediata do presidente do INEM”, Paulo Campos, para acabar com uma “gestão incompetente e danosa”.
Num documento com oito páginas, o STAE faz o retrato do que diz ser “o estado caótico” a que chegou o instituto no último ano, enumerando situações que “condicionam a impreterível qualidade do serviço que o INEM deve prestar aos cidadãos”.
Recorda que saíram vários dirigentes do INEM, alguns deles com muitos anos de casa, desde que o atual conselho diretivo tomou posse. Põe em causa as funções dos “assessores” do presidente acusando-os de terem regalias (carro, telemóvel e computador) apenas concedidas a dirigentes e de as usarem em proveito próprio.
Levanta suspeitas sobre as ligações do INEM a uma empresa de formação, com a qual as mulheres do presidente e do vice-presidente do INEM colaboram, como o JN noticiou recentemente.
No instituto, sobretudo em Lisboa, refere o STAE, há “medo, apreensão, pressão, intriga, perseguição, ameaças diretas e incapacidade de resolução de questões operacionais que afetam diariamente o serviço”.
Entre outras denúncias e críticas, o STAE conclui alegando que “o INEM está lamentavelmente a desmoronar-se, está a cair e a regredir em termos de qualidade”.
O JN questionou o Ministério da Saúde sobre o teor deste ofício e o pedido de demissão do presidente do INEM, mas não recebeu resposta em tempo útil.