Ensino profissional e artístico só com dois exames
OS ALUNOS do ensino profissional e artístico especializado só terão que fazer dois exames nacionais no final deste ano, ao invés dos três que eram até agora exigidos por lei, segundo o Ministério da Educação e Ciência (MEC).
A alteração surge na sequência de uma reunião que decorreu anteontem no MEC, em Lisboa, entre o secretário de Estado do Ensino Básico e Secundário, Fernando Egídio Reis, e a Associação Nacional das Escolas Profissionais (ANESPO), na qual discutiram alterações às regras de acesso ao ensino superior para os alunos do ensino profissional, exigidas pelas escolas profissionais desde que o ministro Nuno Crato introduziu alterações que criticaram por obrigarem os estudantes a fazer exame a disciplinas sem relação com o seu plano de estudos.
MEC recuou
“Podemos considerar que o MEC foi ao encontro das nossas reivindicações, na medida em que se assumiu que em vez de três exames haveria dois, sendo um que será o de Português e o outro tem a ver com aquilo que são as opções dos alunos, que são as específicas que são exigidas pelas universidades e politécnicos”, disse à Lusa o presidente ANESPO, José Luís Presa.
Em fevereiro, a ANESPO esteve no parlamento para alertar os deputados da comissão de Educação para a situação que, defenderam, desrespeita “os princípios de equidade” no acesso ao ensino superior.
José Luís Presa considerou positiva a alteração de o segundo exame - para além do exame de Português - ser “à escolha dos alunos”: “Como é à escolha, os alunos escolhem aquela em que estão mais à vontade e em que os programas são mais semelhantes, mas essa opção já tem a ver com o centro de interesse dos alunos”.
O presidente da ANESPO referiu ainda que a tutela pretende avançar com uma revisão dos planos curriculares dos cursos profissionais.