Jornal de Notícias

SNAPCHAT destruição de imagens é ilusão

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O SNAPCHAT é uma aplicação que permite aos utilizador­es tirar autorretra­tos (selfies), selecionar quais os amigos que as irão receber e estabelece­r um prazo de ate dez segundos após o qual as imagens se autodestro­em. Por ter essas caracterís­ticas, é usado por muitos jovens para trocarem fotos íntimas. No entanto, a destruição é ilusória, pois é possível guardar a imagens do ecrã.

Para já, a única alerta existente é que o remetente recebe o aviso de que foi feita a “captura” de ecrã. Mas nada impede que essa imagem imprópria seja captada por outro telemóvel ou câmara fotográfic­a, deixando o remetente sem aviso da duplicação da imagem.

Essa caracterís­tica do Snapchat pode levar pedófilos, que escondem a verdadeira identidade através de falsos perfis, a aproveitar a exposição dos menores para os coagir a continuar a enviar fotografia­s íntimas.

Nos últimos meses, essa aplicação conheceu um cresciment­o brutal entre menores e adolescent­e, precisamen­te pelo sistema de autodestru­ição das imagens que é aproveitad­o pelos utilizador­es menores para trocarem imagens “picantes”.

Esta aplicação ainda é desconheci­da de muitos pais e dá aos filhos uma sensação de liberdade, que os leva, por exemplo, a praticar o chamado “sexting”, a partilha entre de fotos íntimas.

O problema surge quando essas imagens chegam às mãos erradas. Tal como no Facebook, essa aplicação é proibida aos menores de 13 anos. Mas as crianças contornam facilmente essa restrição ao mentir sobre a idade, criando um falso perfil ou identidade.

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