Usa dados de clientes para falsos créditos
O PROPRIETÁRIO de um stand, de 67 anos, está a responder no Tribunal de Santa Maria da Feira por crimes de falsificação de documentos e burla. Terá aproveitados documentos oficiais de antigos clientes para falsificar letras de crédito.
O Ministério Público (MP) acusa o indivíduo de 16 crimes de falsificação e três de burla. Segundo a acusação, A. O., atualmente reformado, terá aproveitado os documentos de um homem a quem tinha vendido um carro em 2002, para, seis anos depois, preencher uma letra de câmbio de seis mil euros.
A letra, que teria como objeto, a venda de um carro, foi apresentada para pagamento na agência do Banco Espírito Santo das Caldas de S. Jorge, Feira. Foi várias vezes renovada, sempre com falsas assinaturas, até 31 de março de 2009. Foi depois o Millennium-BCP quem exigiu o pagamento do dinheiro à pessoa cuja assinatura tinha sido imitada.
Outro caso de falsificação de letra de que é acusado o dono do stand, foi praticada com os dados de um antigo cliente do arguido. A letra tinha o valor de oito mil e o BCP acabaria por ter um prejuízos de 4500 euros, após várias reformulações da letra, que eram sempre levadas a cabo com recurso à falsificação de dados.
Num outro caso, em que o valor da letra também era de oito mil euros, o dono do stand usou o mesmo nome que na última falsificação. A letra foi reformulada duas vezes e creditada em duas contas do arguido, até que o banco exigisse o pagamento à vítima.
Os bancos assumiram os prejuízos e constituíram-se assistentes no processo.