Jornal de Notícias

Usa dados de clientes para falsos créditos

- S. M. FEIRA ALEXANDRE PANDA

O PROPRIETÁR­IO de um stand, de 67 anos, está a responder no Tribunal de Santa Maria da Feira por crimes de falsificaç­ão de documentos e burla. Terá aproveitad­os documentos oficiais de antigos clientes para falsificar letras de crédito.

O Ministério Público (MP) acusa o indivíduo de 16 crimes de falsificaç­ão e três de burla. Segundo a acusação, A. O., atualmente reformado, terá aproveitad­o os documentos de um homem a quem tinha vendido um carro em 2002, para, seis anos depois, preencher uma letra de câmbio de seis mil euros.

A letra, que teria como objeto, a venda de um carro, foi apresentad­a para pagamento na agência do Banco Espírito Santo das Caldas de S. Jorge, Feira. Foi várias vezes renovada, sempre com falsas assinatura­s, até 31 de março de 2009. Foi depois o Millennium-BCP quem exigiu o pagamento do dinheiro à pessoa cuja assinatura tinha sido imitada.

Outro caso de falsificaç­ão de letra de que é acusado o dono do stand, foi praticada com os dados de um antigo cliente do arguido. A letra tinha o valor de oito mil e o BCP acabaria por ter um prejuízos de 4500 euros, após várias reformulaç­ões da letra, que eram sempre levadas a cabo com recurso à falsificaç­ão de dados.

Num outro caso, em que o valor da letra também era de oito mil euros, o dono do stand usou o mesmo nome que na última falsificaç­ão. A letra foi reformulad­a duas vezes e creditada em duas contas do arguido, até que o banco exigisse o pagamento à vítima.

Os bancos assumiram os prejuízos e constituír­am-se assistente­s no processo.

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O dono do Stand está a ser julgado na Feira

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