Desde as Primárias,
o líder socialista já viu Lisboa debaixo de água e entrar no movediço mundo dos interesses imobiliários desportivos, sob as críticas de uma concertada Oposição PSD/CDS-PP
CHEIAS MARÉ DE CRÍTICAS PERANTE UMA CIDADE ALAGADA E DESMENTIDOS
EM POUCO mais de duas semanas, a chuva colocou Lisboa debaixo de água. As falhas na resposta municipal motivaram fortes críticas da população e dos opositores.
Na primeira inundação, a 22 de setembro, o vereador da Proteção Civil, Carlos Castro, atribuiu responsabilidades ao Instituto Português do Mar e das Atmosfera (IPMA) pelo atraso na emissão do aviso do mau tempo – sendo rapidamente desmentido por este organismo.
Já a 13 de outubro, a Oposição lembrou a Costa que, desde 2008, está na gaveta o plano geral de drenagem da cidade, orçado em cerca de 150 milhões de euros. E que, apesar de não ser a solução para todos os problemas, pelo menos atenuará o facto dos coletores da Baixa terem mais de 200 anos.
TAXAS TURÍSTICAS QUEM ATERRA OU DORME EM HOTÉIS CHAMADO A CONTRIBUIR
NÃO É MENTIRA: a 1 de abril arranca a Taxa Municipal Turística, que permitirá à Câmara encaixar um euro por cada turista que aterre no aeroporto da Portela. O mesmo acontecerá a quem pernoitar numa unidade hoteleira da capital, a partir de janeiro de 2016.
PCP, CDS-PP e PSD votaram contra esta taxa, que Costa alegou ser necessária para financiar investimentos em equipamentos turísticos. Ainda que a ANA – Aeroportos de Portugal não tenha esclarecido como irá cobrar este valor, o ministro da Economia, Pires de Lima, um dos mais críticos desta medida, ironizou com a “taxinha”, criada pelo “presidente de Câmara que se apresenta como primeiro-ministro” e que irá colocar “milhares de turistas numa fila”.
MATRÍCULAS ANTIGAS RESTRIÇÕES PARA BAIXAR POLUIÇÃO MAL RECEBIDAS POR CONDUTORES
NÃO É SÓ de agora que o socialista intervém na circulação automóvel. Desde 2007, que a Baixa e a Avenida da Liberdade começaram a ter a malha mais apertada para quem as quer atravessar, congestionando o trânsito.
Em 2011, as dificuldades deixaram de ser só em relação às escolhas do trajeto e estenderam-se aos carros com matrículas mais antigas. Já este ano, numa terceira fase desse plano, os veículos anteriores a 2000 ficaram impedidos de percorrer o centro de Lisboa.
Costa acena com a necessidade de ter a cidade menos poluída, mas os automobilistas queixam-se de que a frota da Carris é mais poluente, que a crise os impede de adquirir novos carros e que uma capital definha quando perde uma das suas características: a capacidade circulação.
ISENÇÃO AO BENFICA PERDÃO ABANA COLIGAÇÃO E PÕE CÂMARA SOB MIRA DE CLUBES
SERÁ CHUMBADO pela certa na Assembleia Municipal de Lisboa (AML), onde o PS está a um deputado da maioria, mesmo coligado com o movimento de Helena Roseta.
Porém, o perdão de 1,8 milhões de euros da Câmara ao Benfica, em taxas urbanísticas correspondentes, em parte, a novas construções junto ao Estádio da Luz, levou Belenenses e Sporting a exigirem ao município tratamento semelhante.
A proposta do vice de Costa, Manuel Salgado, provocou mossa na coligação com Helena Roseta, presidente da AML, que questionou aquela isenção e até contrapôs com um valor que apurou ao analisar o documento: 4,6 milhões de euros. Costa foi mais uma vez acusado de ter levado algum tempo a reagir à polémica que surgiu neste caso.