PERGUNTAS AINDA SEM RESPOSTA
QUAL O VALOR TOTAL DA DÍVIDA?
PASSOS COELHO sabia que o valor total da dívida era superior ao que lhe terá sido comunicado pelos serviços da Segurança Social, este ano: 2880€ de dívida mais 1034€ de juros, num total de 3915€, correspondente a 32 meses por pagar. Ora, o próprio primeiro-ministro admitiu que não pagou Segurança Social durante 58 meses, mas o tempo restante terá sido “apagado” do sistema informático aquando da migração de dados dos sistemas regionais para um nacional, por já estar na altura prescrito. Mas se Passos Coelho sabia que a dívida real era superior ao pedido pelos serviços (cerca de sete mil euros), fica por esclarecer por que razão não a pagou na totalidade.
A SS DISSE QUAL O PERÍODO A PAGAR?
NAS perguntas ontem formuladas, o PCP quer saber se a Segurança Social especificou a que período de tempo respeitava o valor cobrado a Passos Coelho e, se sim, a que datas se reportava.
PAGAR SÓ DEPOIS DE SAIR DO GOVERNO?
INICIALMENTE , Passos Coelho disse que planeava pagar quando deixasse o Governo, sem explicar o porquê dessa opção. Sobretudo atendendo a que sabia estar em dívida para com a Segurança Social desde 2012, quando foi confrontado pelo “Expresso” com a existência de registos de dívida.
PARA QUEM TRABALHOU?
É OUTRA pergunta sem resposta: exatamente para que empresas trabalhou Pedro Passos Coelho entre novembro de 1999 e agosto de 2004? Apesar de feita, a pergunta tem ficado sem resposta, já que o governante se limitou a dizer que “enquanto trabalhador independente, foram prestados serviços a várias entidades e os rendimentos daí auferidos foram sempre declarados em sede de IRS”.
POR QUE ESCALÃO FEZ DESCONTOS?
NAS respostas, o primeiro-ministro disse que o valor a pagar foi calculado mediante a taxa obrigatória. Na altura, os trabalhadores independentes podiam optar entre a taxa obrigatória ou uma mais alta, que dava direito a benefícios como subsídio de doença. Mas também podiam escolher sobre quantos salários mínimos queriam descontar (até ao máximo de 12). Este ponto está por esclarecer.