Terapia psicológica trata disfunção erétil
A INTERVENÇÃO psicológica é tão eficaz como a medicação no tratamento da disfunção erétil, concluiu um estudo do Grupo de Investigação em Sexualidade Humana do Centro de Psicologia da Universidade do Porto.
Coordenada por Pedro Nobre, diretor do SexLab (Laboratório de Investigação em Sexualidade Humana), a investigação comparou diretamente a eficácia dos dois tipos de tratamento em homens com disfunção erétil sem causa médica identificada (distribuídos ao acaso por cada um dos tratamentos).
O tratamento farmacológico consistiu na administração diária, durante 12 semanas, de um medicamento amplamente usado e testado com eficácia no tratamento da disfunção erétil. A terapia psicológica, de orientação cognitivo-comportamental, foi aplicada em formato de grupo e incluindo o casal, com sessões semanais ao longo de quatro meses.
Os resultados preliminares mostraram que os homens que foram sujeitos à terapia cognitivo-comportamental apresentaram melhorias significativas ao nível da resposta de ereção, bem como do funcionamento sexual e da satisfação sexual. O dado mais relevante e inédito do estudo foi, no entanto, que essas melhorias se mostraram tão significativas quanto o próprio efeito da medicação, informou o SexLab.