Concurso para a Circunvalação pode ser aberto em 2016
GRANDE PORTO Projeto final de requalificação pronto até julho para ser candidatado a fundos comunitários
A “SALA DO RISCO” entrou ontem em funções e o projeto da nova Estrada da Circunvalação deverá estar pronto até julho. Se tudo correr como planeado, a Área Metropolitana do Porto (AMP) espera abrir o concurso da obra no início do próximo ano.
“É o início de uma nova etapa”, anunciou, ontem, Bragança Fernandes, vice-presidente do Conselho Metropolitano do Porto e responsável pelo Programa Metropolitano para a Qualificação Urbana da Circunvalação. O autarca da Maia espera que o concurso da obra “possa ser aberto no princípio do próximo ano. Seja em uma, duas, três ou quatro secções, dependendo do projeto” que vier a ser desenhado.
Depois de seis meses de compilação de dados, agora serão os técnicos a desenhar o projeto final numa “Sala do Risco” criada para o efeito na sede da AMP, no Porto. Será este projeto que irá ser proposto aos fundos comunitários de 2020. “Sem estas verbas, não é possível”, garantiu.
Os autarcas estão confiantes que o projeto terá essa comparticipação comunitária. “Não tenho dúvidas que a pretensão da Junta terá de ser aceite pelo Governo e pela CCDR-N. Acho que não cabe na cabeça de ninguém que não seja contemplado”, afirmou Bragança Fernandes.
O presidente da Câmara do Porto explicou por que considera válida a elegibilidade a fundos da União Europeia. “É um projeto que envolve mais do que um município e tem argumentos de equilíbrio ambiental e eficiência energética muito fortes”. Rui Moreira avançou ainda que os autarcas não vão contentar-se com um “em Lisboa também não vai haver”. “Não nos serve, porque lá já há. Aqui ainda não está feito”, justificou, acrescentando que “já se perderam muitas oportunidades”.
Equilíbrio de gastos
“Temos de andar para a frente”, exortou o presidente da Câmara de Gondomar. “O que era uma barreira tem de ser um momento de união”, desejou Marco Martins, congratulando a reserva de um canal central da estrada, entre o Hospital de São João, Areosa e o Parque Nascente, para metro de superfície.
A vereadora da Câmara de Matosinhos destacou “o pontapé de saída para um projeto” que será “uma ferramenta essencial de humanização desta grande via”. “Estou na política há 20 anos eé a primeira vez que encontro tanta vontade política, tanto empenhamento e uma passagem do discurso à prática”, confessou Joana Felício.
Manuel Correia Fernandes, coordenador do projeto, antecipou que este será um plano “adequado à situação atual e com equilíbrio dos gastos”. “Não presume um projeto megalómano, de 17 quilómetros feitos de uma só vez e com um só perfil”, esclareceu. “Será um projeto para a humanização da estrada”, afirmou.