Jornal de Notícias

Metro e STCP

Concessão adiada gera preocupaçã­o

- HERMANA CRUZ E TIAGO RODRIGUES ALVES

O ADIAMENTO por mais três meses da subconcess­ão do metro do Porto e da STCP está a gerar apreensão entre autarcas e trabalhado­res das duas empresas, cujo futuro permanece em suspenso até junho.

“O que temo é que sejam mais três meses de deterioraç­ão do serviço prestado. Há fornecedor­es que sabem que não vão ficar, que já abandonara­m, há preços que são demasiado esmagados e não há ninguém no mercado que queira prestar o serviço. Durante estes três meses, notamos alguma perda de qualidade e admito que sejam mais três meses de perda”, considerou, ao JN, o presidente da Câmara de Gondomar.

Para Marco Martins, é, por isso, “urgente resolver esta grande confusão” criada pelo Governo. “Três meses parece-me demasiado tempo para que um veículo fundamenta­l de mobilidade da área metropolit­ana ande à deriva”, concluiu.

Sem perspetiva­s

Entre os trabalhado­res, o sentimento é igualmente de apreensão. Ontem, a União dos Sindicatos do Porto reuniu-se com os 60 funcionári­os da EMEF (Empresa de Manutenção de Equipament­o Ferroviári­o), que trabalham na manutenção do metro. “São mais três meses sem perspetiva­s de futuro. Naturalmen­te que os trabalhado­res estão apreensivo­s”, referiu o coordenado­r do sindicato, Paulo Milheiro.

Na STCP, temem-se “despedimen­tos em catadupa”. “Estamos verdadeira­mente preocupado­s. Está tudo em suspenso”, lamenta Fernando Oliveira, do Sindicato dos Transporte­s Rodoviário­s e Urbanos do Norte.

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