Fica também em preventiva
CARLOS SANTOS SILVA, o amigo de José Sócrates detido no âmbito da Operação Marquês, vai continuar em prisão preventiva, decidiu, ontem, o Tribunal da Relação de Lisboa.
A advogada de Carlos Santos Silva, Paula Lourenço, ontem à noite, no entanto, ainda não tinha conhecimento dos fundamentos da decisão, que não lhe tinham chegado da Relação.
Carlos Santos Silva é assim mantido em prisão preventiva, tal como José Sócrates, a quem a Relação negou a liberdade anteontem, considerando os “fortes indícios dos crimes imputados e o perigo de perturbação da recolha e da aquisição da prova”.
A José Sócrates já tinha sido também negado o habeas corpus interposto no Supremo Tribunal de Justiça, se bem que este tribunal tenha apontado ao juiz Carlos Alexandre um conjunto de irregularidades formais, sem força, no entanto, para conduzir à alteração da medida de coação de prisão preventiva.
Nos argumentos aduzidos no acórdão pelo Supremo e com origem na informação do juiz Carlos Alexandre, a propósito do habeas corpus, José Sócrates voltará a ser ouvido, após diligências sobre movimentos financeiros. Mas o perigo de fuga foi para já afastado, enquanto na informação de Carlos Alexandre surge, pela primeira vez, o reconhecimento de forma oficial que, “no dia 23 de novembro, foram recuperados e apreendidos os objetos que haviam sido retirados da casa do arguido, após informações fornecidas pelo mesmo em sede de interrogatório”.
Há setores que defendem que a investigação ainda está numa fase inicial, a cargo da Inspeção Tributária, coadjuvando o DCIAP.