Mãe e filhas passaram noite em casa de familiares
Desalojada pela Câmara por ocupar ilegalmente casa recusou ajuda oferecida pela PSP
JULIANA FERREIRA e as suas duas filhas menores que anteontem foram desalojadas coercivamente de uma habitação social que ocuparam de forma ilegal em Silvalde, Espinho, foram acolhidas provisoriamente por uma prima. A PSP disponibilizou- se para acionar apoio institucional, mas a mulher recusou.
Juliana Ferreira, de 27 anos, que foi desalojada a pedido da autarquia, com recurso à intervenção da PSP, e que ameaçava ficar a viver em frente ao edifício da Câmara até conseguir uma habitação, acabou por interromper o protesto cerca da uma da manhã de ontem. Também os amigos que a acompanhavam decidiram regressar a casa.
Antes, já a PSP a tinha a contactado, oferecendo ajuda para acionar apoio institucional que permitisse à família passar a noite numa instituição ou local de acolhimento temporário.
Juliana agradeceu a disponibilidade da PSP, mas declinou a oferta. Preferiu passar a noite juntamente com as duas filhas numa casa de habitação social ocupada por uma prima que desde a primeira hora a acompanhou nos protestos. Num T3 ficam a viver com mais cinco pessoas, duas delas deficientes profundas.
A noite ficou marcada, ainda, pela reunião da Assembleia Municipal. O BE, pela voz de Manuela Vilar, considerou que “reprimir os pobres” é “fascismo social” e solicitou a disponibilização imediata de uma habitação.
Autarca indignado
Na resposta, o presidente da Câmara, Pinto Moreira, acusou o BE de estar a “instrumentalizar” o caso para tirar dividendos políticos e, com isso, “prejudicar seriamente a Juliana”.
O autarca mostrou-se indignado, ainda, com os atos de