Fármaco português reduz imobilidade de doentes de parkinson
A BIAL apresentou ontem os resultados de ensaios clínicos de fase III do medicamento Opicapone para parkinson, que revelaram uma “diminuição significativa” do período de imobilidade dos doentes. A substância está em análise na Agência Europeia do Medicamento.
De acordo com a empresa, o estudo, que envolveu 600 pessoas de 106 centros, mostrou que a toma diária de 50 miligramas de Opicapone “levou a uma diminuição significativa (duas horas) do período ‘off-time’, que se caracteriza por um estado de profunda imobilidade dos doentes”.
“O Opicapone vem oferecer uma nova esperança para médicos e pacientes. Estamos orgulhosos da estratégia de longo prazo que imple- mentámos, focada na Investigação & Desenvolvimento, e no programa de inovação terapêutica que permitiu desenvolver esta nova terapia”, destaca, em comunicado, o presidente executivo da Bial, António Portela, sobre aquele que é o segundo produto de investigação da farmacêutica.
A Bial já investiu 200 milhões de euros no desenvolvimento do Opicapone, que está a ser trabalhado como “terapêutica adjuvante da levodopa, fármaco de eleição na terapêutica sintomática da doença”. Trata-se de patologia crónica que “afeta o sistema motor, ou seja, que envolve os movimentos corporais, levando a tremores, rigidez, lentificação dos movimentos corporais, instabilidade postural e alterações da marcha”, segundo a Associação Portuguesa de Doentes de Parkinson.