Bombeiro ferido em incêndio que chegou a ameaçar casas
Sapador sofreu ferimentos ligeiros a combater fogo num parque de viaturas
“Assustei-me e de que maneira! As chamas chegaram a ter uns oito metros!” Rodrigo Couto Morador
UM BOMBEIRO de 37 anos, dos Sapadores de Gaia, ficou ferido quando combatia um incêndio, num parque de viaturas sinistradas, ontem, em Vilar do Paraíso (Gaia). O fogo, que foi dominado em cerca de uma hora, chegou a ameaçar habitações contíguas e destruiu 28 viaturas.
O incêndio deu-se num terreno usado, há 20 anos, pelo dono de uma oficina das redondezas para depositar veículos que serviam para aproveitamento de peças. Nos últimos dois meses, Joaquim Pereira já foi alvo de três coimas devido ao parque: de dois mil euros, 35 mil e outra de 350 mil euros. Aliás, Joaquim Pereira estava a consultar um advogado, em Braga, quando foi alertado por dois funcionários para o incêndio, na Rua do Cadavão. “Estavam a desmontar o parque”, conta Joaquim Pereira.
Segundo um vizinho, que se apercebeu do fogo por volta do meio-dia, os dois funcionários tinham estado toda a manhã a trabalhar no parque. “As labaredas chegaram a ter uns oito metros”, descreve Rodrigo Couto.
O alerta só chegou, porém, ao quartel dos Sapadores às 12.35 horas. Foi quando os bombeiros tentavam aceder ao local do fogo, através do muro da propriedade de Rodrigo Couto, que um sapador caiu de uma escada, com cerca de dois metros. “Foi ao hospital, mas não requer grandes cuidados”, revela Manuel Pinto, do Comando dos Sapadores de Gaia.
O fogo foi controlado por volta das 13.40 horas, com recurso a 34 bombeiros e 12 viaturas, dos Sapadores e dos Voluntários da Aguda e de Valadares. “A nossa maior preocupação foi impedir que o fogo se propagasse às moradias vizinhas”, vinca Manuel Pinto.
Segundo apurámos, as circunstâncias em que ocorreu o incêndio estão a ser apuradas pela Divisão de Investigação Criminal da PSP. “Foi um acidente de trabalho”, diz, abatido, Joaquim Pereira.