Um paraíso de orquídeas “escondido” na Avenida da Boavista
Colecionadora trata das plantas há 47 anos. “O mais importante é entendê-las”, afirma
GRAZIELA MEISTER tem um horto singular dentro dos portões de sua casa. No total, são mais de 1200 orquídeas que adornam a sua residência, na Avenida da Boavista, no Porto, e das quais sabe, de cor, o nome científico. Graziela é presidente da Associação Portuguesa de Orquidofilia e conta com uma vasta experiência no tratamento deste tipo de flores.
“Há 47 anos que trato de orquídeas. Compro-as pequenas, trato-as e agora valem muito mais do que valiam na altura em que as comprei”, contou a colecionadora, que vai ser uma das participantes da exposição internacional de orquídeas que começa hoje na Exponor, em Matosinhos. A maior parte das orquídeas de Graziela Meister foi comprada na Madeira. Mas, para a especialista, “há muitas que não têm preço”.
As flores exigem os cuida- dos normais, como regar e adubar mas, quanto ao resto, como a própria diz, as orquídeas “ficam entregues ao cuidado da natureza”.
“O mais importante é entendê-las, saber olhar para elas e ter sensibilidade para perceber se estão bem. Se não, é preciso mudá-las de ambiente”, explica.
Tempo e dedicação
As orquídeas, que desde cedo a encantaram devido à “diversidade e delicadeza”, exigem algum tempo e dedicação. “Costumo comparar a orquídea a uma pessoa. É preciso alimentá-la e colocá-la a uma temperatura adequada. Se para nós está agradável, então para elas também”.
Apesar das condições climatéricas este ano não estarem a ser favoráveis para o desenvolvimento das orquídeas – pouca luz e muita chuva –, o método de Graziela parece ultrapassar as dificuldades.
A orquídea mais antiga que possui tem mais de 20 anos, mas existem espécies que ultrapassam os 100. E, no meio da sua coleção, estão algumas