CDS afirma confiança em Núncio mas Esquerda já pede demissão
O BE pede a demissão de Paulo Núncio e o PCP diz não ter dúvidas de que perdeu todas as condições para continuar no cargo. Mas o líder parlamentar do CDS, Nuno Magalhães, garante que sim e recusa a ideia de que o caso que envolve o secretário de Estado da sua área política esteja a criar “incómodo” no partido.
Questionado pelo JN sobre o facto de ter sido o primeiroministro e o PSD a defenderem Paulo Núncio, na véspera, Nuno Magalhães disse “negar veementemente” que haja “incómodo da parte do CDS”. Instado especificamente sobre as razões que levaram o seu partido a optar pelo silêncio, no debate em plenário, Nuno Magalhães argumentou que “o CDS não anda a reboque do PCP” e “cada um tem a sua agenda”.
O líder parlamentar manifestou confiança no secretário de Estado. “Com certeza”, respondeu, questionado sobre se o responsável pelos Assuntos Fiscais mantém condições para exercer o cargo e reforçando as afirmações do governante de que “não teve conhecimento” da lista VIP.
Da Esquerda chegam apelos à demissão de Paulo Núncio. Pedro Filipe Soares, líder parlamentar do BE, foi o primeiro a fazê-lo. Do PCP, o deputado António Filipe disse ao JN ser “evidente que não tem as mínimas condições para permanecer em funções”. Porém, não pede “demissões à peça” mas de todo o Governo. O PS não pede para já a demissão de Núncio e diz esperar pelos seus esclarecimentos no Parlamento.