Lucro da REN cai mas investimento prossegue
A REN fechou 2014 com lucros de 112,8 milhões de euros, menos 7% que no ano anterior. A justificar este recuo está, entre outras razões, a taxa extraordinária de energia de 25,1 milhões de euros. Sem ela, os lucros da gestora da rede energética teriam subido 16,3%, somando 140,3 milhões. A quebra dos lucros obrigou a Administração a quebrar a tradição e a decidir não aumentar o dividendo a pagar. A REN vai propor na assembleia-geral que a remuneração dos acionistas seja de 17,1 cêntimos por ação.
A empresa vai rever o seu plano estratégico para os próximos anos e será a expansão internacional a sair penalizada e não Portugal. Pelo contrário, a empresa considera que se não investir no país pode comprometer a segurança do transporte de eletricidade e gás natural e prejudicar a atividade económica e as empresas.
“Vamos fazer uma revisão do plano estratégico. Não sei quando o iremos apresentar, mas estamos já a trabalhar nisso. Pretendemos manter o investimento em Portugal para não comprometer a qualidade e a segurança de abastecimento e por isso não deverá haver novidades”, disse o novo CEO da empresa, Rodrigo Costa. E deixou um alerta para o Governo e para o regulador que chumbou o plano de investimentos da REN para a rede elétrica, por considerar que iria onerar mais os consumidores portugueses. “A falta de investimento em infraestruturas penaliza a competitividade e se temos zonas do país bem servidas, temos outras que não”.