Jornal de Notícias

Festival de literatura brota no Douro

Sabrosa acolhe novo evento entre os dias 7 e 10 de maio. Três dezenas de autores presentes

- Sérgio Almeida sergio@jn.pt

Encontrado­uro é o nome de um novo festival dedicado à literatura, mas com aproximaçõ­es a outras artes, que Sabrosa vai acolher entre 7 e 10 de maio. Eduardo Lourenço e Olivier Rolin estão entre os convidados.

ODouro apresta-se para integrar o cada vez mais preenchido roteiro de festivais literários portuguese­s, que já decorrem em regiões como o Alentejo, Beiras, Madeira e Porto. Em rigor, a região – mais concretame­nte, Vila Nova de Foz Côa – já é palco, mesmo que de forma intermiten­te, de um evento de cariz literário há três décadas, mas num género mais específico como é a poesia e com uma dimensão restrita.

A envolvênci­a paisagísti­ca privilegia­da é um dos motes do Encontrado­uro, organizado pela Autarquia de Sabrosa. O presidente, José Marques, vê na iniciativa “um veículo privilegia­do de promoção cultural”, que não rejeita, todavia, as ambições turísticas.

Debates com escritores, visitas às escolas da região e lançamento­s de livros são atividades contemplad­as no programa, ainda por fechar. Mas nem só de literatura se fará o festival. Um concerto com JP Simões, filmes e exposições de pintura integram o rol de iniciativa­s.

Um “programa transversa­l”, resume o diretor, Francisco Guedes, mentor de outros festivais marcantes, como o Correntes d’Escritas, na Póvoa de Varzim, e o Literatura em Viagem, em Matosinhos. “Precisamos mais de cultura do que de economia”, assegura o responsáve­l.

Eduardo Lourenço (que fará uma conferênci­a sobre Miguel Torga ), Germano de Almeida, Miguel Miranda, Valter Hugo Mãe, João Luís Barreto Guimarães, Jorge Sousa Braga, Manuel Sobrinho Simões, JP Simões, Nicolau Santos, Afonso Cruz, Siza Vieira, o uruguaio Mário Delgado Aparaín e o francês Olivier Rolin são nomes já confirmado­s. A lista vai crescer nos próximos dias até atingir os 30, “número ideal” para a organizaçã­o. Apesar da presença de nomes sonantes, a organizaçã­o diz que “o verdadeiro protagonis­ta do festival é mesmo o Douro”.

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paisagísti­ca é um ponto forte
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LEONEL DE CASTRO / GLOBAL IMAGENS Envolvênci­a paisagísti­ca é um ponto forte do festival

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