Jornal de Notícias

FRANCISCO JOSÉ VIEGAS VAI MATAR O INSPETOR JAIME RAMOS?

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O MAIS RECENTE policial de Francisco José Viegas, passado em Macau, já está “em fase de fecho” e vai marcar o fim de um ciclo por ser a última viagem do inspetor Jaime Ramos, a mais célebre personagem criada pelo escritor, ao antigo império português, revelou o autor em Macau. É também em Macau que o detetive “acerta contas com o seu passado” como militante comunista, numa cidade que cumpre mais uma vez o seu desígnio de local de refúgio.

Francisco José Viegas está na ex-colónia portuguesa para participar no festival Rota das Letras, que ontem iniciou a sua 4.ª edição.

Livro sai em outubro

Um ano depois, o novo romance policial de Viegas continua sem título, mas está, garante o autor, na fase final, e deverá ser publicado em outubro. As decisões sobre o desfecho já estão tomadas, mas agora é tempo de concretiza­r “quem vai morrer e quem vai matar” – o escritor não revela se o inspetor Jaime Ramos pode ser uma dessas figuras sacrificad­as –, numa história que começa com duas mãos algemadas encontrada­s no café Caravela, ponto de encontro dos portuguese­s. “O resto do corpo está provavelme­nte na praia em Coloane”, adiantou.

Com este livro, Jaime Ramos “encerra um ciclo”, fazendo a sua última viagem pelo império, onde vem à procura de um homem que se refugia em Macau.

“O meu detetive tem feito um périplo pelos lugares do império, tem procurado pontes com esses lugares, porque são para nós memórias não resolvidas. Este polícia viveu sempre na ideia de que havia um império, que havia uma série de território­s onde não se sentiria estranho e a ideia é que ele não se sinta estranho em Macau”, concluiu.

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