Guerreiros somam 10 golos ao lanterna vermelha da Liga
Braga Após o 6-1 da primeira volta, equipa de Sérgio Conceição volta a golear o lanterna-vermelha da Liga
Foram quatro (4-0), podiam ser mais, se o Braga não tivesse jogado como quem faz um treino de pré-época. O Penafiel acabará a temporada com dez golos sofridos ante a equipa minhota. Afinal, é a diferença entre o quarto e o último da Liga. E a expressão das desigualdades do campeonato português a 18 e a duas velocidades.
O Penafiel até entrou benzinho... Na íntima comunhão com a natureza e com o calor que se fazia sentir na tarde de ontem, o Braga também entrou em campo como se nada fosse com ele, em baixo regime, que o sol escaldava. E foram aí uns vinte minutos de frete, em que se assistiu ao jogo com o mesmo ânimo com que se olha para a teia da aranha. Até que Sérgio Conceição, regressado após suspensão, saltou do banco a barafustar com tamanha sonolência. De repente, tudo mudou.
Bastou a equipa minhota dar um bocadinho de corda às chuteiras para se ver no que aquilo ia dar. À enésima incursão pelo corredor esquerdo, Djavan fez um finta primorosa a Dani e cruzou ainda melhor para Rúben Micael marcar, com uma bela cabeçada (29 m). Foi só a primeira fenda no Penafiel, que podia ter ido para o in- tervalo a perder por mais dois ou três, não fosse a tarde morna do cabo-verdiano Zé Luís.
Segundo ato. Tudo igualzinho. Mesmo naquela fleuma toda, o Braga, senhor do jogo e com o monopólio da bola, fez o que quis, marcou como quis e quando quis. Pardo bisou (51 e 55 m) e Micael fechou as contas com o mais belo remate do jogo, após centro de Agra (70 m).
O Penafiel ainda sobreviveu a mais danos, porque Zé Luís não estava mesmo para aí virado. Afinal, derrota leve para a equipa de Carlos Brito, que é muito limitada e ainda mais tenrinha. Ver uma equipa que batalha pela permanência sem um único esgar de revolta interna, e sem um único cartão amarelo dirá tudo sobre o destino que lhe está reservado.
Equipa minhota só precisou de dar corda às chuteiras