“Terra Justa” colocou Fafe na rota dos grandes debates
Terminou anteontem a primeira edição de “Terra Justa”, Encontro Internacional de Causas e Valores da Humanidade, que durante quatro dias centralizou em Fafe diversas discussões entre personalidades de renome sobre temáticas que marcam a atualidade.
Depois de tantas palavras, entre conversas de café e conferências, Raul Cunha sintetiza a ideia base que emergiu do encontro. “A necessidade de pensarmos nos outros, que nenhum de nós é feliz sozinho e que temos todos a obrigação de não nos calarmos. Temos de denunciar as injustiças, tudo aquilo que está mal e diminui a dignidade humana”, afirmou o autarca fafense, orgulhoso de um evento que colocou o país a falar de Fafe.
O evento acabou por encher cafés, as salas onde decorreram as conferências. Mas a ideia generalizada é a de que o encontro não chegou ao grande público, ficando por uma camada mais interessada nestas temáticas. “Há trabalho a fazer, mas foi a primeira vez e foi um acontecimento que toda a gente sentia que fazia falta. Não fizemos isto para ser um acontecimento de massas, como as festas do concelho. Mas acho que os fafenses envolveram-se e ficaram orgulhosos por se ouvir falar de Fafe”, assegurou Raul Cunha.
O autarca destacou a presença de Maria de Jesus Barroso mas principalmente a do cardeal Óscar Maradiaga, momento marcante para o país. “Tivemos em Fafe um cardeal da Cúria do Vaticano, o braço direito do Papa Francisco. Não teve uma passagem fugaz, esteve cá o dia todo”, ressalvou, enaltecendo “a dimensão mundial” do cardeal.
Raul Cunha afirmou que o “Terra Justa” custou 60 mil euros aos cofres municipais e que, embora haja detalhes a limar, este encontro é para continuar. “Faz parte de uma estratégia para dar visibilidade a Fafe e potenciar aquilo que nos torna diferentes”.
“Faz parte de uma estratégia para dar visibilidade a Fafe”