Jornal de Notícias

Incendiou mulher e foi tomar pequeno-almoço

Braga Adélia Ribeiro, de 50 anos, sofreu queimadura­s muito graves e acabaria por morrer no hospital. No dia anterior ao crime, o homicida foi a um hipermerca­do comprar álcool etílico e um isqueiro

- Luís Moreira policia@jn.pt

Após ter incendiado a mulher à porta do apartament­o, em Braga, com recurso a álcool etílico e um isqueiro, Francisco Oliveira Ribeiro foi calmamente para a cozinha tomar o pequeno-almoço. Adélia Ribeiro, de 50 anos, que veio a falecer 44 dias depois, contorcia-se com dores e, apesar de ajudada pela filha, que se deitou sobre ela para tentar extinguir o fogo, teve de ir para o chuveiro apagar as chamas. O indivíduo acabou de comer, saiu e ainda disse: “Agora, já estou vingado!”

O caso – que a acusação do Ministério Público diz ter tido origem em “ciúmes” – ocorreu às 7.45 horas do dia 17 de agosto do ano passado, no n.º 50, 4.º esquerdo da Rua dos Congregado­s, em São Vítor. No dia anterior, o agressor foi a um hipermerca­do comprar uma garrafa de álcool e um isqueiro. Quando a mulher, funcionári­a do hospital, entrava para o elevador do prédio com uma filha, de 16 anos, ateoulhe fogo, que deflagrou em enor- mes labaredas, deixando-a “completame­nte queimada na cabeça e na parte superior do corpo, no abdómen e nos braços, com a pele dependurad­a e sem cabelo”. A vítima foi transporta­da pelo INEM para a unidade de queimados do Hospital da Prelada, no Porto, com queimadura­s de 2.º e 3.º graus. Não resistiu aos graves ferimentos.

Para além do crime de homicídio qualificad­o, o arguido – que se encontra preso preventiva­mente em Braga – está acusado de violência doméstica. O Ministério Público diz que estava divorciado, mas repartia o apartament­o com a mulher e dois filhos.

De acordo com a acusação, insultava-a com frequência e agredia-a, tendo-lhe dado, em julho, um murro na cabeça, gritando: “Vou-te matar!” Noutra ocasião, deu-lhe várias pancadas na parte de trás da cabeça, com uma fruteira.

Na altura do crime, e como as relações entre os dois se deteriorar­am, passou a dormir dentro do carro, na garagem do prédio. Os vizinhos viviam alarmados com a violência com que agia e que obrigou a chamar a PSP por diversas vezes.

Francisco Ribeiro, que fora proprietár­io de um café no bairro e estava desemprega­do, não pediu a instrução do processo, pelo que o caso está pronto para seguir para julgamento.

Cascais Transporta­va máquinas ilegais

A GNR apreendeu, em Alcoitão, Cascais, diversas máquinas de jogo ilegais de brindes e outras, no valor de cerca de sete mil euros, tendo detido um homem de 58 anos que transporta­va aquele material. Dedicava-se a essa atividade há cerca de seis anos e foi constituíd­o arguido. Além das máquinas foram apreendida­s centenas de caixas de gomas e de bolachas.

Lisboa Carteirist­as furtam turista

Três carteirist­as, dois homens e uma mulher, foram detidos pela PSP por furto a um turista irlandês na estação do Metro do Martim Moniz, em Lisboa. A vítima ficou sem a carteira, com documentos, cartões bancários e 140 euros. Um dos homens já tinha cumprido quatro anos e sete meses de cadeia pelo mesmo tipo de crime.

Armamar Detido por ter uma “taser”

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Francisco Ribeiro é acusado de vários episódios de agressões e ameaças

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