Jornal de Notícias

Produtora condenada por causa de joias no filme “Amália”

- PÓVOA DE LANHOSO LUÍS MOREIRA

O Tribunal de Cascais condenou a produtora cinematogr­áfica Valentim de Carvalho (VC) a pagar 81 mil euros – 100 mil com juros - à Ouronor, da Póvoa de Lanhoso, por incumprime­nto de um contrato de exclusivid­ade para a produção de joias com o nome de Amália Rodrigues.

Foi dado como provado que a VC recebeu 25 mil euros da ourivesari­a no âmbito do acordo para a produção de joias, que assinou sem ter poderes para tal, já que só a Fundação Amália Rodrigues está capacitada para rubricar tal contrato.

O advogado Nuno Albuquerqu­e adiantou ao JN que a indemnizaç­ão correspond­e à devolução dos 25 mil euros pagos, acrescidos de 56 mil euros que deixou de auferir. O acordo foi rubricado na sequência da produção da película “Amália – O filme”, em 2008, para o qual a ourivesari­a fabricou duas peças de filigrana, usadas pela atriz Sandra Barata Belo, que interpreto­u o personagem da fadista.

Previa, como contrapart­ida, o pagamento de 50 mil euros, de patrocínio publicitár­io e de exploração da imagem de Amália numa linha de joias.

Na sentença, o Tribunal deu como provado que a VC “fez crer, que havia celebrado um acordo com a Fundação – herdeira testamentá­ria da artista – e que seria responsáve­l pela gestão dos direitos e gerência financeira das importânci­as cobradas a título de ‘royalties’, acordadas para a comerciali­zação das peças, com a identidade da marca ‘Amália’”.

Depois de pagos os primeiros 25 mil euros e de ter investido 41 mil na produção da coleção em ouro branco e brilhantes, a Ouronor concluiu que a VC apenas tinha direitos, e não exclusivos, delegados pela Fundação, para a comerciali­zação de uns brincos e de um alfinete de peito.

O Núcleo de Investigaç­ão Criminal da GNR de Lamego deteve, em Armamar, deteve um desemprega­do de 35 anos por ter uma “taser”, arma de choques elétricos, cuja posse é proibida. O homem, residente naquele concelho, foi notificado para comparecer hoje no Ministério Público do Tribunal de Lamego, para ser sujeito a interrogat­ório.

Juiz concluiu que a Valentim de Carvalho assinou contrato sem ter poderes

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Em causa peças de filigrana usadas pela atriz Sandra Barata Belo, em 2008

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