Novo Dallas pode criar até 1200 empregos
A administração do Dallas vai investir 30 milhões de euros para remodelar, legalizar e reabrir aquele que já foi o maior centro comercial do Porto, num projeto em que tem havido “diálogo” com investidores internacionais.
Em declarações à Lusa, Luís Malheiro, administrador do Intercontinental Trade Center, representante do centro comercial Dallas, explica que o novo espaço pode criar até 1200 postos de trabalho mas não vai ser um shopping nem uma galeria, antes um “polo comercial” para vender o Porto e produtos nacionais, adequando-se ao contexto que o rodeia: vários hotéis de quatro e cinco estrelas, junto à Avenida da Boavista, a maior da cidade.
Pretende-se “vender qualidade e não quantidade”, esclarece o responsável, que para adiantar prazos de reabertura precisa de concluir a legalização do espaço através da concretização do plano de pormenor recentemente aprovado pela Câmara do Porto, bem como obter o consenso dos “cerca de 200 proprietários de 400 frações” que, apesar do encerramento do espaço em 1999, por questões de segurança, nunca deixaram de pagar IMI (Imposto Municipal sobre Imóveis) pelas lojas vazias e sem rentabilidade. Número de lojas por definir Construído na década de 80 mas nunca legalizado, o empreendimento “Dallas” ficou conhecido pelo nome do segundo centro comercial do Porto (o primeiro foi o Brasília) mas engloba também mais quatro edifícios de escritórios e habitação, num total de 500 condóminos que apenas agora, cerca de 30 anos depois, vislumbram a regularização das construções.
Quanto ao novo espaço comercial, o administrador nota que terá 15 mil metros quadrados de construção e que poderá criar entre “900 a 1200 postos de trabalho, diretos e indiretos”.
O número de lojas a instalar ainda não está definido porque, para ser legalizado, o centro comercial tem de ser demolido no interior para eliminar pisos intercalares, reduzindo em um terço a área disponível para comércio, obrigando à redistribuição da área de cada uma das lojas. Depois, cada proprietário tem de decidir se fica com o espaço ou se prefere vendê-lo.