Credores da PFR Invest reúnem-se em tribunal
A Assembleia de Credores da empresa municipal PFR Invest decorre, esta manhã, no Tribunal de Amarante. Em causa estão os ativos da empresa, que permitem ressarcir apenas 30% do passivo. Os principais credores reclamam um total de 41 milhões de euros: a Caixa Geral de Depósitos (CGD) quer reaver 24 milhões e o Novo Banco 17 milhões.
Na lista de cerca de 90 credores constam ainda empresas na área da construção civil. Por exemplo, a Construções Gabriel A.S. Couto, com 65 mil euros, ou a Irmãos Moreira, com cerca de um milhão. A sueca IKEA é também credora de 594 mil euros, o Fisco (IRS e IVA) e a Segurança Social com créditos da ordem dos dez mil euros.
Refira-se que a insolvência da PFR foi declarada em fevereiro pelo Tribunal de Amarante, após os principais credores, CGD e Novo Banco, terem chumbado o plano de reestruturação. Não aceitam a insolvência – aliás, recorreram da decisão para a Relação do Porto –, porque consideram que a PFR só pode ser objeto de dissolução e liquidação administrativa e não judicial e que a dívida deve ser integrada no passivo da Câmara e assumida pelo município.
O presidente da Câmara, Humberto Brito, que tem estado remetido ao silêncio, escreveu na sua página de Facebook que não aceita passar a fatura aos munícipes, apesar das ameaças de que estava a ser alvo e que o levaram a pedir proteção policial.
A PFR é uma empresa 100% detida pela autarquia, para criar e gerir parques empresariais.