Obama põe fim à Guerra Fria
Encontro Presidentes dos EUA e Cuba reúnem-se após 50 anos de relações cortadas. Países vão estreitar ligações diplomáticas e abrir embaixadas
O presidente dos EUA, Barack Obama, anunciou que o encontro com o homólogo cubano, Raul Castro, ocorrido mais de 50 anos após os dois países terem cortado relações marca o “fim da Guerra Fria”. Em declarações aos jornalistas, o líder norte-americano disse que “Cuba não é uma ameaça para os EUA”, mas que isso não significa que “não tenhamos as nossas diferenças”.
Obama frisou ainda que “o povo norte-americano não precisa de ser convencido” de que o retomar de conversações entre os dois países “é a atitude correta”, uma vez que “as pessoas reconhecem que se continuamos a fazer uma coisa durante 50 anos e ela não funciona, devemos tentar algo novo”.
A reunião decorreu mais de uma hora. “Foi uma conversa franca e frutuosa. Temos visões muito diferentes sobre a forma como a sociedade deve estar organizada. Fui muito direto com ele”, acrescentou Obama.
A saída de Cuba da lista de países que apoiam o terrorismo tinha sido uma das pretensões que Raul Castro manifestou no seu discurso na Cimeira das Américas, que terminou sábado, no Panamá. Porém, o presidente dos EUA esclareceu Raul Castro não prestou declarações, mas Bruno Rodríguez, ministro dos Negócios Estrangeiros qualificou o encontro como “produtivo”. “Os presidentes analisaram os progressos, alcançados desde os anúncios de 17 de dezembro, e coincidiram na importância de se continuar a trabalhar para proceder ao restabelecimento das relações diplomáticas e abrir embaixadas nos respetivos países”, disse em conferência de imprensa.
Sobre a abertura de embaixadas, o ministro cubano destacou que o seu país não impôs qualquer condição. Mas ressalvou que a fase de normalização de relações entre os países será um processo mais “difícil” e “complexo” porque implica temas como o levantamento do embargo ou a entrega a Cuba dos terrenos onde está instalada a base naval de Guantânamo.
No encontro, Obama e Castro também abordaram a possibilidade de cooperação em áreas de mútuo interesse como a luta contra o terrorismo e o narcotráfico, a proteção ambiental a mitigação das alterações climáticas e o setor da Saúde.
O Papa Francisco utilizou ontem a palavra “genocídio” para falar do massacre dos arménios há 100 anos, uma referência que está já a perturbar as relações diplomáticas com a Turquia, que considerou “infundadas” estas palavras e chamou o embaixador no Vaticano para consultas.
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