Os psicólogos e o (des)emprego no país
de 3500 psicólogos. Refiro-os tãosomente porque é curioso que, podendo os psicólogos contribuir com intervenções custo-efetivas para a integração profissional, seja através do desenvolvimento de competências, de aconselhamento vocacional e “coaching” para a carreira seja através de programas de manutenção do emprego, possam eles mesmos debater-se com cenário idêntico. Provocado, entre outras, pelo baixíssimo investimento público na disponibilização destes serviços e tão pouco aproveitamento destes recursos em benefício da nossa sociedade (ainda que todos tenhamos contribuído para a formação universitária de cerca de 20 mil destes diplomados), assistito mos agora às negociações com empresas privadas de emprego para então se conseguir dar resposta aos desempregados de longa duração.
E o serviço público de emprego?! A iniciativa privada conta com psicólogos experientes não só na orientação e desenvolvimento profissionais mas também no desenho de soluções à medida de que é exemplo a prevenção e gestão do stress e dos riscos psicossociais relacionados com o trabalho (estimado em 300 milhões de custo por ano). E porque são evidentes as mais-valias para todos o acesso a estes serviços, a integração profissional dos psicólogos não pode esperar pelo fim do discurso da crise.
O Espaço OPP Desenvolvimen- Profissional disponibiliza aos seus membros um plano de acompanhamento individual que inclui gratuitamente atendimento personalizado de diagnóstico com psicólogo, sessões com consultores especializados (de Psicologia, Economia e Gestão ou Marketing) e um crédito de formação. O objectivo é claro: capacitar os psicólogos para ultrapassar a sua situação de desemprego. Mas poderiam ser também os milhares de outros portugueses que se debatem com precariedade e com a não ocupação profissional, apesar do direito ao emprego expresso na nossa Constituição. Os psicólogos, os utentes, a sociedade agradecem…e a taxa de desemprego do país também.
Porque são evidentes as mais-valias para todos do acesso à Psicologia, a integração dos seus profissionais não pode esperar pelo fim do discurso da crise