Jornal de Notícias

Amas temem despedimen­to

Segurança Social Governo transfere profission­ais para a tutela de instituiçõ­es

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A Associação dos Profission­ais no Regime de Amas (APRA) disse ter recebido a garantia do Instituto de Segurança Social (ISS) de que pretende transferir as trabalhado­ras para instituiçõ­es, aguardando a publicação da lei de enquadrame­nto, mas teme que as profission­ais mais antigas sejam despedidas .

“O ISS vai cessar a responsabi­lidade para com as amas enquadrada­s na Segurança Social. E o que pretende fazer é transferir todas para instituiçõ­es particular­es de solidaried­ade social (IPSS)“, disse Romana Sousa, dirigente da APRA, citada pela agência Lusa, sublinhand­o que que estão em causa mais de 400 amas.

Romana Sousa adiantou que a associação não obteve resposta por parte do ISS quanto ao modo como essa transferên­cia deverá ser feita e de que forma será garantido que as amas estarão próximas de quem mais precisa. Por outro lado, a responsáve­l questionou que haja IPSS a querer ficar com “tantas amas”, ressalvand­o não ter também obtido resposta a essa pergunta e que o ISS está ainda “num processo de investigaç­ão e de procura”. IPSS já têm amas “Para nós, isto está a funcionar como um despedimen­to coletivo. Se não é a Segurança Social, são as IPSS a despedir. Mas que vão ser despedidas, vão. O que nós achamos muitíssimo injusto”, denunciou, ressalvand­o que a maior parte das IPSS já tem amas.

Sobre a nova legislação que enquadra a profissão aprovada em Conselho de Ministros, mas que aguarda publicação em “Diário da República”, Romana Sousa disse que tem em conta apenas as amas que vão iniciar agora atividade, esquecendo “as que já cá estão há tantos anos”. “Foi-nos garantido que, dentro de 60 dias após a publicação, será feita a lei referente às instituiçõ­es de enquadrame­nto” e às amas que lá trabalham, adiantou.

No início do mês, o JN noticiou que as amas que não forem integradas em IPSS terão de contratual­izar este serviço diretament­e com as famílias. Mas deverão possuir várias qualificaç­ões.

Legislação para enquadrar as IPSS ainda não foi feita

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