Jornal de Notícias

Tragédia no Nepal atinge 20 portuguese­s

Alpinistas do Porto e de Coimbra estão a descer Himalaias. Sismo fez mais de quatro mil mortos

- Alfredo Maia amaia@jn.pt

Duas dezenas de portuguese­s foram ontem confirmado­s como estando no Nepal na altura do sismo de sábado que causou mais de quatro mil mortes e mais de 7500 feridos, segundo os últimos dados, mas nenhum deles sofreu qualquer ferimento – assegurou ao “Jornal de Notícias” o secretário de Estado das Comunidade­s.

De acordo com José Cesário, que tem estado em contacto com a embaixada na Índia, que está ligada a vários consulados estrangeir­os em Katmandu, a capital nepalesa, os 20 cidadãos portuguese­s estavam em vários locais do país, mas apenas dois ou três são residentes.

Cinco cidadãos, que integravam uma missão empresaria­l, saíram entretanto do Nepal, onde permanecia­m ontem membros de organizaçõ­es não governamen­tais (ONG), turistas e alpinistas. Alguns recolheram a consulados como os de Espanha e do Reino Unido.

Segundo o testemunho de um dos turistas à Rádio Renascença, apesar do caos nas ruas de Katmandu, o consulado espanhol oferece segurança, alimentos e água suficiente. Descrevend­o o “tempo intermináv­el” do abalo, Pedro Queirós disse que estava na rua com um amigo quando a terra começou a tremer e que escaparam por se terem colocado sob uma ombreira.

Ilesa e já a descer para regressar a Katmandu está uma equipa de alpinistas do Porto e Coimbra que se encontrava nos Himalaias na altura do sismo. “Estavam longe do que aconteceu, sentiram o terramoto mas não foram atingidos por nenhuma avalanche, estão todos bem e a realizar a atividade como o previsto”, assegurou ao JN Anabela Vieira, a mulher do líder do grupo, Pedro Guedes.

A missão visava o cume Jomson Himal, com 6335 metros de altitude, na zona do Damodar Himal, mas as condições meteorológ­icas terão impedido o objetivo, ficando nos 5480, precisou um dos membros da equipa, Luís Almeida, em mensagem à Lusa.

Segundo Anabela Vieira, a equipa – composta por dois elementos do Porto, um de Coimbra e outro de Lisboa – já estava a descer no momento do abalo e teria chegado à aldeia de Tal, devendo caminhar mais dois dias até chegar a Bhulbhule, de onde viajará para Katmandu. Para Luís Almeida, que foi aos Himalaias pela quarta vez, a expedição “já era assumidame­nte de grande aventura, pois a zona é pouco conhecida e muito remota”.

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Resgate de sobreviven­tes e socorro dos feridos são as prioridade­s, depois do brutal sismo que causou mais de 4.000 mortes e 7.500 feridos

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