Metro do Porto Jovens arriscam a vida pendurados nas carruagens
Porto Há cada vez mais adolescentes a viajarem pendurados nos para-choques
Pagam bilhete, mas não ocupam lugar no interior do metro do Porto. Há rapazes e raparigas adolescentes que viajam pendurados nos para-choques ou encostados aos vidros na cauda das composições. Os jovens, geralmente menores de idade, copiam o fenómeno internacional do “train surfing” no Grande Porto e colocam a vida em risco. A queda à linha pode ser fatal.
O perigo de morte não é exagerado. Desde o início do ano que estas boleias extremas e de alto risco têm proliferado, despertando a preocupação da Empresa do Metro e da Proteção Civil Municipal do Porto. São demonstrações de exibicionismo e de valentia que não resultam da tentativa de viajar gratuitamente no metro. Aliás, a generalidade dos adolescentes apanhados pela segurança da Metro tinham assinatura mensal ou título do Andante pago e validado.
Os troços onde essa prática é mais comum ficam entre a Senhora da Hora e a Trindade, com particular incidência nas estações da Casa da Música e de Carolina Michaëlis, e a linha Laranja, em Gondomar. Ao aperceber-se da multiplicação de casos, a Metro do Porto reforçou a segurança. Há cerca de um mês que dispôs equipas no ter- reno para vigiar estes comportamentos desviantes. Em todos os casos, os jovens são identificados e é feita participação à Polícia.
A Proteção Civil Municipal também já escreveu aos diretores dos agrupamentos das escolas do concelho, para que seja desenvolvido um trabalho de sensibilização, junto dos estudantes, para os perigos do “train surfing”. A Metro está a trabalhar, ainda, com a Proteção Civil Municipal, de modo a que os alertas para este fenómeno potencialmente mortal sejam incluídos nas sessões que a Proteção Civil realizará nas escolas do Porto durante o próximo ano letivo.