Gestor do Grupo Lena na origem de milhões
Joaquim Barroca Rodrigues, administrador do Grupo Lena, foi o mais recente suspeito detido na Operação Marquês. Foi-lhe aplicada a medida de coação de obrigação de permanência na habitação, sob vigilância de pulseira eletrónica.
O vice-presidente do conglomerado empresarial de Leiria é apontado pela investigação como o autor de transferências de Portugal para contas na Suíça que terão constituído contrapartidas por atos de corrupção.
O Ministério Público aponta que, entre 2007 e 2011, o Grupo Lena esteve envolvido em contratos públicos (Parque Escolar, TGV e parcerias público-privadas rodoviárias) que movimentaram mais de 200 milhões de euros. A defesa de Sócrates contrapõe que nada está concretizado, ao nível dos indícios do crime de corrupção.
Joaquim Rodrigues estava ligado a sociedades offshore da Suíça por onde passou parte dos 23 milhões cuja propriedade o Ministério Público atribui a José Sócrates.
Quem já saiu da situação de prisão domiciliária com pulseira eletrónica foi o ex-motorista e homem de confiança de Sócrates. João Perna chegou a estar alguns dias em prisão preventiva mas, por ter aceitado colaborar com a investigação, passou a estar preso em casa. Já rescindiu contrato com o patrão e arranjou outro emprego.