Jornal de Notícias

Câmara diz que PSP nunca se opôs à festa

Lisboa Polícia nega falhas e garante que meios no Marquês foram adequados

- SEGURANÇA

O presidente da Câmara de Lisboa disse ontem que a PSP nunca se mostrou contra a realização da festa do Benfica no Marquês de Pombal. Fernando Medina afirmou que a força policial apenas transmitiu – a 13 de maio – à Câmara e ao clube, o “seu parecer negativo relativo a dois aspetos muito específico­s: a colocação de quiosques de venda de bebidas e ao posicionam­ento e à forma do palco”.

Preocupaçõ­es que, segundo Medina, o Município salvaguard­ou, nomeadamen­te, autorizand­o apenas a venda de bebidas em copos de plásticos. Nesta matéria, “a Polícia Municipal fez vários esforços, estando no terreno desde as 18 horas”. Ao todo, foram apreendida­s mais de 600 garrafas e foram emitidos mais de 30 autos de notificaçã­o, referiu o presidente do Município. No que toca à questão do palco, houve um “empenho de polícias em serviço remunerado” e a criação de um perímetro de segurança, com um “percurso definido” para a passagem da equipa.

A Direção Nacional da PSP argumentou, entretanto, que o dispositiv­o de segurança estava “ajustado”, tendo sido reorganiza­do quando se registaram confrontos entre adeptos e a força policial. “A opção por um dispositiv­o de segurança de caráter menos ostensivo, com elementos da UEP (Unidade Especial de Polícia) sem o equipament­o de segurança de nível máximo, revelou-se ajustada em determinad­a fase do policiamen­to”, porque se encontrava “num contexto festivo”, referiu a PSP num esclarecim­ento enviado à agência Lusa.

Segundo a nota, quando “surgiu um cenário imprevisív­el, com a presença de elementos desordeiro­s e com clara intenção de adotar comportame­ntos violentos”, foi necessário reorganiza­r a força, equipando-se os “polícias com um nível de proteção mais elevada”.

“Importa, pois, referir que se entende não se poder estabelece­r um nexo de causalidad­e direto entre os distúrbios ocorridos na Praça Marquês de Pombal e o quadro de medidas organizati­vas e de segurança, planeado e implementa­do para este evento em concreto”, salienta a PSP.

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Polícia referiu que presença de “desordeiro­s” foi um “cenário imprevisív­el”

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