Atentado em mesquita na Arábia Saudita
Estado Islâmico Morreram 21 pessoas e cerca de 100 ficaram feridas, algumas em estado muito grave
Pelo menos 21 pessoas morreram e cerca de 100 terão ficado feridas num atentado na Arábia Saudita. Foi o primeiro ataque suicida desferido contra uma mesquita xiita, no leste do reino, reivindicado pelo Estado Islâmico.
Na mesquita estariam mais de 150 pessoas na oração de sexta-feira (dia sagrado para os muçulmanos). Um sobrevivente relatou à agência Reuters que “estavam na primeira parte das orações quando se ouviu uma grande explosão”.
Horas depois do ataque, no site de monitorização com sede nos Estados Unidos, SITE, e também na rede social Twitter, os jiadistas reclamaram o ataque, prometeram “dias sombrios pela frente” à minoria xiita e mostraram imagens do alegado bombista - Abu Amer al-Najdi. De acordo com a agência noticiosa saudita, citada pela Reuters, há vários feridos em estado muito grave.
O ministro do Interior saudita, citado pela televisão Al Arabya, confirmou que um “bombista suicida detonou um cinto de explosivos oculto na roupa no momento em que os fiéis realizavam as tradicionais orações de sexta-feira” na mesquita da vila de al-Quadayh, na província de Qatif. O responsável assegurou que “as autoridades de segurança não pouparão esforços na busca de todos os envolvidos neste crime terrorista”.
Os dirigentes religiosos sunitas da Arábia Saudita também condenaram, de imediato, o atentado à mesquita xiita.
93 presos desde dezembro
O atentado acontece quando o Governo de Riad lidera uma coligação de estados árabes numa campanha contra rebeldes huthis, xiitas, no vizinho Iémen.
Em novembro, recorde-se, o executivo saudita atribuiu aos jiadistas a realização de um ataque à mão armada. Um grupo de homens disparou contra uma procissão religiosa, também no leste da Arábia Saudita, e morreram sete pessoas. Já em abril, Riad anunciou a detenção de 93 pessoas suspeitas de pertencer ao Estado Islâmico e garantiu que a atuação das autoridades de segurança tinham evitado vários ataques.
A minoria xiita queixa-se de ser discriminada no acesso ao emprego e de receberem menos fundos, por exemplo. O ataque vai agravar as tensões entre xiitas e sunitas.