CEDRAC ajuda 83 mil firmas a exportar
Ave e Cávado Conselho empresarial une 9 associações
Nove associações comerciais e industriais que representam 83 625 empresas dos vales do Cávado e Ave decidiram unir-se num projeto comum e criaram, no início do ano, o Conselho Empresarial do Ave e do Cávado (CEDRAC).
Hoje, em Guimarães, apresentam o I Fórum Exportador, no Hotel Guimarães, pelas 9 horas, e querem mostrar ao Governo, aproveitando a presença do vice-primeiro-ministro, Paulo Portas, o peso e dimensão das empresas dessa região, responsáveis por 25% de todo o volume de negócios do Norte e por 33,6% das exportações da mesma área.
No global, as associações comerciais e industriais de Braga, Barcelos, Esposende, Famalicão, Guimarães, Vila Real, Vizela, Fafe, Cabeceiras de Basto, Celorico de Basto e a Associação Industrial do Minho representam um volume de negócios total de cerca de 22 mil milhões de euros, dos quais 5 753 milhões se referem a exportações.
Apesar dos resultados positivos, João Albuquerque, presidente do CEDRAC, diz que a união de esforços entre as associações vai permitir “alargar a base exportadora da região e estimular as empresas a serem exportadoras diretas, através da melhoria de condições de competitividade”.
Desde logo, garante o responsável, as empresas passarão a ter ao dispor um conjunto de técnicos especializados em diversas áreas, que vão desde designers a economistas. Por outro lado, terão aqui uma organização que pode ajudar ainda ao nível “político, de representação e agregação de projetos”.
“Temos uma força gigantesca. Passamos, por exemplo, a agregar equipas técnicas e temos mais de 150 técnicos licenciados”, afirma João Albuquerque, ao mesmo tempo que exemplifica algumas das vantagens: “Os equipamentos de design são caríssimos. Podemos criar projetos em conjunto e ter programas e máquinas partilhados por várias empresas. Ou então, organizar missões empresariais no estrangeiro em conjunto, partilhando custos”.
Entretanto, o CEDRAC está a fazer todos os esforços para trazer para os vales do Ave e Cávado um terço de investimento para exportação na Região Norte, no âmbito do novo quadro comunitário do Portugal 2020.
“É uma região única, por isso merece uma atenção única”, defende João Albuquerque, adiantando que uma das propostas que estará hoje em cima da mesa, durante o fórum, será a implementação de gabinetes de exportação em cada uma das nove associações.