Suspeitas de espionagem às negociações do programa nuclear
As autoridades suíças e austríacas iniciaram uma investigação sobre alegados atos de espionagem informática ocorridos nos hotéis de Genebra e Viena que acolheram as negociações sobre o controverso programa nuclear iraniano. Israel, que rejeita qualquer acordo internacional que permita o regime iraniano manter um programa de enriquecimento de urânio, é suspeito de estar na origem desta vigilância.
Em declarações à agência francesa AFP, o Ministério Público suíço confirmou que a investigação foi iniciada a 6 de maio e que diverso equipamento informático, nomeadamente computadores, foi apreendido a 12 de maio, mas sem especificar os hotéis em Genebra que foram alvo destas diligências.
Segundo a televisão helvética, três dos hotéis na Suíça que acolheram as negociações entre as grandes potências internacionais e o Irão sobre o programa nuclear de Teerão foram infetados por um vírus informático. Desde novembro de 2013, estas negociações envolveram várias rondas de conversações, grande parte realizada na Suíça e na Áustria, entre diplomatas e peritos do grupo 5+1 (Estados Unidos, Rússia, China, Reino Unido, França e Alemanha) e do Irão.
O “Wall Street Journal” adianta que as conclusões da empresa de segurança informática confirmam informações anteriores de que Israel espiava as negociações.