Furtos nas praias acontecem no estacionamento
Há em média dois ou três furtos por dia nas praias portuguesas e zonas limítrofes, de acordo com a Polícia Marítima (PM). A maioria das ocorrências acontece em viaturas, onde são deixados objetos à vista, sendo o Algarve a região preferida dos criminosos.
O comandante Mendes Cabeças, da Polícia Marítima, diz que 80% dos furtos estão a acontecer na zona mais a sul, tendo havido nesta época balnear também dois pontos de insegurança excecional, em Peniche e Póvoa do Varzim, onde durante dez dias sucederam delitos de contornos semelhantes. Isto em 401 praias costeiras sob jurisdição marítima. O dispositivo mantém-se igual ao do ano passado (560).
As histórias mais comuns partilham o cenário. “A maior parte sucede em parques de estacionamento, onde não há vigilância e, sem cautela, as pessoas abrem a mala do carro para guardar a máquina fotográfica, a carteira, funcionando como atrativo para quem está à espreita”, diz o comandante. Genericamente, “podemos dizer que as praias são seguras”.
Observando os dados da GNR, onde vão parar também denúncias, apesar de os delitos serem cometidos nas redondezas das praias, os furtos em veículo têm sido francamente superiores aos outros delitos. Números totais relativos a 2014 dão conta de 1757 furtos realizados no interior de viaturas e 596 dentro da categoria de objetos não guardados. O total de furtos em zonas balneares atingiu os 2913; há ainda os dos carteiristas (278),os comerciais, entre outros. A soma dos autos deste ano não está disponível.
Na esfera de atuação da PM estão ainda os concessionários, nadadores-salvadores e utentes banhistas. Em 2014, o grosso das contraordenações foi aplicado aos concessionários (110), seguindo-os os utentes (53) – por levarem o cão para o areal, ou espetarem o chapéu de sol em zona indevida – e os nadadores-salvadores (19). Neste caso, a infração frequente é não ter camisola vestida, como manda o código de conduta.