“Confiei no coletivo para poder vencer”
Gustavo Veloso Corredor enaltece trabalho da equipa para garantir novo triunfo
Enaltecendo o trabalho da equipa e valorizando a réplica dos adversários diretos, Gustavo Veloso, 35 anos, recusa que o triunfo deste ano tenho sido mais fácil do que o de 2014.
Qual foi a parte mais com-
plicada da gestão da vitória?
O mais complicado foi sempre gerir o dia a dia e tentar não perder a liderança em cada etapa. Além disso, o facto desta edição ter bonificações foi um pouco mais inquietante, pois cada segundo podia ser importante, fazendo com que eu, e todos os que estávamos a discutir a Geral, tivéssemos de traba- lhar mais para não ficar para trás. A equipa ajudou-me muito nesses momentos.
A parte mais negativa foi o azar do Délio Fernandez, que perdeu o pódio, depois de tanto o ajudar?
Sempre que um corredor da equipa está na frente e tem tudo para fazer um bom lugar na Geral, mas perde-o por um azar, dá sempre um sabor amargo de boca, mas quem pior está com isso é o próprio Délio.
Foi para si uma Volta mais controlada do que a do ano passado?
Foi diferente. Não sei se mais controlada, ou menos, a verdade é que também ao nível estratégico corremos de forma um pouco diferente. Tivemos o Nuno [Ribeiro, diretor desportivo] como ‘capitão do barco’, mas sempre tendo em conta as nossas opiniões. Sempre confiei no coletivo para poder vencer.
Sentiu que algum corredor lhe poderia fazer frente?
Tive fortes rivais, e mesmo tendo sido beneficiado com as bonificações, porque fui o que mais conseguiu a somar, senti que outros corredores talvez não tenham estado no máximo das suas capacidades. Nomeadamente o Alejandro Marque no crono. Mas sempre soube que corredores como o Jóni Brandão ou Rui Sousa, que tentaram na Torre, podiam ser perigosos.
Chegar às cinco vitórias do David Blanco é algo que lhe tira o sono?
Não me tira o sono e nem sequer é um objetivo. Sei que tenho 35 anos e não posso dizer quanto mais tempo vou manter este nível. Não vou pensar em ganhar cinco Voltas, pois vou apenas na segunda. Se conseguir vencer mais uma já será bom.
E o que se vê a fazer no futuro, depois de abandonar o ciclismo?
Não vou pensar em ganhar cinco Voltas, pois vou apenas na segunda. Se vencer mais uma já será bom”
Gostava de estar sempre ligado ao ciclismo, mas isso vou planear quando chegar à altura de pendurar a bicicleta como ciclista profissional. Teria muito gosto em formar corredores jovens.