Gustavo Veloso de olhos no tri
Gustavo Veloso garante a segunda vitória seguida na prova rainha do ciclismo português. Na festa do corredor galego, de 35 anos,
Sem surpresas, azares ou deslizes, Gustavo Veloso cumpriu, ontem, os últimos 130 quilómetros da Volta a Portugal, entre Vila Franca de Xira e Lisboa, em ritmo de consagração até cruzar o último risco de meta como bicampeão da prova. Aquele que foi unanimemente considerado o mais completo corredor da Volta, e que já anteontem, no contrarrelógio, tinha garantido virtualmente o triunfo, recebeu, na capital, a derradeira camisola amarela e os merecidos aplausos da multidão que se juntou no centro de Lisboa.
Desportivamente, a etapa, que só contava para o prestígio, até terminou com um vencedor inusitado, o italiano Matteo Malucelli, da Team Idea, que superou a concorrência, inclusive da própria equipa, pois o colega Davide Vigano era o favorito, num sprint que fechou as emoções desta edição.
Mas ainda antes da passagem final pela meta, a tirada acabou por não ser tão relaxada como se esperaria, pois a 30 quilómetros da linha de chegada, um buraco no empedrado causou uma queda aparatosa que apanhou vários corredores, nomeadamente Ricardo Mestre (Team Tavira), o colega Henrique Casimiro e Joeri Calleeuw (Verandas Willems), que tiveram de abandonar.
Antes, uma fuga ao quilómetro 60, formada por Ricardo Vilela (Caja Rural), Georg Loef (Team Stuttgart), Stef Van Zummeren (Verandas Willems) e Daniel Westmattelmann (Kuota-Lotto), ainda animou a etapa, mas, tal como se previa, acabou desfeita à entrada da capital.
Nos últimos metros, o italiano Malucelli, de apenas 21 anos, preparava-se para lançar o sprint, mas, com o entusiasmo, acabou por não ceder o esforço, cruzando a meta em primeiro lugar.
Crono fecha próxima edição
A edição de 2016 terá, na última etapa, um contrarrelógio, que ligará Vila Franca de Xira a Lisboa, e que, à partida, vai manter a decisão da corrida até aos últimos suspiros. Com essa decisão, a última etapa deixa de ser apenas de consagração.