Jornal de Notícias

Feira Atingida com três tiros no trabalho pelo ex-companheir­o

Atacada na casa onde fazia limpezas. Patroa grávida e criança viveram momentos de terror. Vítima já tinha apresentad­o queixa na GNR

- Salomão Rodrigues policia@jn.pt

Vítima foi atingida com dois tiros na zona da anca e um no abdómen

Uma mulher, de 35 anos, foi baleada pelo ex-companheir­o, na manhã de ontem, em Nogueira da Regedoura, Santa Maria da Feira. A vítima, que apesar de ter sido atingida com três tiros não corre perigo de vida, era ameaçada há meses e tinha já apresentad­o queixas na GNR. Ele nunca aceitou o fim da relação

Cerca das nove horas da manhã, na Rua dos Serradores, a mulher, residente em Argoncilhe, Feira, preparava-se para começar a trabalhar na residência de um casal de médicos, onde efetua regularmen­te trabalhos de limpeza, quando foi atacada. O ex-companheir­o, de 53 anos, que ela tinha deixado há cinco meses, terá surgido junto à porta de entrada e efetuou um primeiro disparo, atingindo logo a mulher, que ainda se refugiou dentro da habitação onde também estavam a proprietár­ia, grávida e na companhia de uma filha menor.

Depois, o agressor terá tentado escalar uma varanda nas traseiras, mas não o conseguiu. Regressou à porta principal e logrou então entrar, encurralan­do a vítima numa das divisões, onde a alvejou com mais dois tiros de um revólver de calibre 6.35mm. A mulher acabaria atingida com dois tiros na zona da anca e um no abdómen.

Eventualme­nte pensando que a matara, o agressor saiu para a rua e atirou a arma para um silvado, ali perto. Terá então entrado mais uma vez na habitação e, quando a GNR ali chegou, não ofereceu resistênci­a à detenção, tendo sido levado para o posto de Lamas.

A vítima foi assistida pelos Bombeiros de Lourosa e pelo INEM da Feira, sendo depois transporta­da para o Hospital S. Sebastião. Fonte hospitalar garantiu ao JN que a sua situação clínica era “estável” e que ficaria “em vigilância”.

O atual companheir­o da vítima confirmou ao JN que a mulher se queixava de que estava a ser ameaçada pelo ex-companheir­o. Mas nada mais adiantou. Sabe-se que ela tinha já apresentad­o várias queixas na GNR de Lourosa desde maio passado, devido às ameaças constantes. A última terá sido participad­a na passada semana.

O médico, que exerce no Hospital de S. João, no Porto, mostravase incrédulo. “Não sei ao certo o que se passou. A minha mulher ligou-me para o hospital a avisar e só sei que balearam a empregada”, referiu poucos minutos depois de ter chegado a casa. O detido será hoje levado a tribunal.

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O agressor estava na casa e não ofereceu resistênci­a à GNR, que fez deslocar várias patrulhas ao local
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Militar da GNR guarda o suspeito fechado num dos carros-patrulha

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