Meteorologia ajuda a baixar risco de fogo na zona Norte
rência de imprensa na ANPC, onde presidiu a uma reunião sobre a situação, Anabela Rodrigues disse, citada pela Lusa, que “a resposta foi adequada face às condições adversas que se têm sentido”, pois foi preparada “tendo por base os anos mais difíceis” e “está preparado para responder às eventualidades que venham a ocorrer”.
Miranda do Douro mais grave
Analisando-se os mapas da ANPC, conclui-se que nesses dois dias estiveram empenhados 13 887 operacionais, dos quais 10 316 (74,3%) nos teatros de operações a norte de Coimbra, tendo sido empregues 3595 meios de combate terrestres (73,1% no Norte) e 221 meios aéreos (77,8% no Norte).
Em média, conclui ainda o JN, cada ocorrência registada no fim de semana contou com 21 operacionais, o que pode indiciar alguma dispersão de meios face ao elevado número de ocorrências rurais. Do conjunto de 677 registadas, 206 (30%) empenharam 21 ou mais combatentes; 49 (7%) precisaram de 50 ou mais elementos; e 14 (2%) necessitaram de 100 ou mais.
As ocorrências com maior emprego de operacionais foram a de Candemil e Gondar, em Vila Nova de Cerveira, distrito de Viana do Castelo, empenhando no sábado 310 combatentes, e a de Miranda do Corvo, distrito de Coimbra, no domingo, com 507 homens.
Apesar da severidade meteorológica e do número elevado de ignições, a ministra garantiu que este não corresponde proporcionalmente ao “crescimento da área ardida”. Recorde-se que entre 1 de janeiro e 31 de julho, já tinham ardido mais de 28 700 hectares de espaços florestais – a segunda maior área em 10 anos.
Com as alterações das condições meteorológicas a partir de hoje, o Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) prevê um desagravamento do risco meteorológico de incêndio nos próximos dias na região Norte, contendo a severidade – a pior em 15 anos – que tem contribuído para a propagação das chamas.
Segundo as previsões do IPMA, é possível que ocorram hoje períodos de chuva fraca ou chuvisco no litoral a norte do cabo da Roca, até meio da manhã. E as temperaturas, especialmente a máxima, deverão descer. Amanhã, apresentará períodos de maior nebulosidade nas regiões Norte e Centro, em especial no litoral, e aguaceiros fracos no litoral a norte do cabo Carvoeiro, em especial no Minho, com vento fraco a moderado e pequena descida da temperatura máxima no interior Norte e Centro.
Também segundo o IPMA, hoje, o número de concelhos com risco máximo de incêndio será de 26, abrangendo partes dos distritos da Guarda, Viseu, Coimbra e Castelo Branco, mantendo-se, no entanto, a maior parte do território na classe de risco muito elevado, sobretudo no interior centro e no litoral sul.
Para amanhã, o IPMA prevê um claro desagravamento na região Noroeste e litoral Norte, que passa à classe de risco reduzido, diminuindo a área de risco elevado ou máximo, que se manterá, contudo, especialmente na região Centro do país.