Pelo menos 16 anunciaram corrida a Belém
Desde janeiro aparecem em média dois novos nomes por mês. Maioria dos candidatos às eleições de 2016 tem pouca visibilidade mediática
A cinco meses das eleições para a Presidência da República, são já pelo menos 16 os nomes que mostraram intenção de se submeterem a votos. A maioria é desconhecida dos portugueses, independentemente da notoriedade que tem na sua área profissional. A historiadora Manuela Gonzaga [ver texto em baixo] juntou-se agora ao já amplo leque, que se tem alargado à razão de dois nomes por mês desde janeiro.
Muito antes do ex-socialista Henrique Neto anunciar a candidatura, já Paulo Freitas do Amaral andava no terreno a captar assinaturas. Ex-autarca da Cruz Quebrada (Oeiras), com passagens pelo PS e CDS-PP, Freitas do Amaral acabou por formalizar a sua corrida em maio. O advogado Castanheira Barros é um caso semelhante: divulgou a sua candidatura em maio, mas preparou o terreno durante vários meses.
Aos 78 anos, Neto foi o primeiro a oficializar-se como candidato. O empresário, que se afastou do PS onde militara 25 anos, anda pelo país a recolher as 7500 assinaturas necessárias para que o Tribunal Constitucional valide a candidatura – tendo sido essa a sua luta em Aveiro, no último fim de semana.
A estes três junta-se António Sampaio da Nóvoa, que Cavaco Silva trouxe para as luzes da ribalta ao atribuir-lhe a organização do Dia de Portugal, em 2012. Após muitas aparições em eventos ligados a movimentos de Esquerda e do PS, ao longo de ano e meio, lançou a candidatura em abril, com apoio dos três últimos chefes de Estado.
Norte fornece candidatos
No feminino só há dois nomes – ao de Gonzaga há que somar o da docente universitária açoriana Graça Castanho (ler texto ao lado), que simboliza pela primeira vez uma candidatura de fora do continente.
Os outros dez rostos são quase todos frutos da política local da região norte. Ao ex-vice-presidente da Câmara do Porto e elemento da associação Transparência e Integridade, Paulo Morais, juntam-se três candidatos de Vila Nova de Gaia: o empresário Orlando Cruz, o psicólogo e docente universitário Jorge Sequeira e o segurança Manuel Almeida. Fernando Vale, “o advogado de Ermesinde”, Sérgio Gave Fraga, advogado de Braga, e Cândido Ferreira, médico nefrologista de Cantanhede e antigo presidente da Federação de Leiria do PS, também mostraram intenções de estar no grupo que quer rumar a Belém.
Mais a sul, o fundador do Partido Animais-Natureza (PAN), Paulo Borges, o docente de História João Franco e ainda Paulo Antão, um exfuncionário da Transtejo, compõem o conjunto. A todos, sem exceção, faltam as assinaturas necessárias.