Primeira candidata feminina a Belém é açoriana
PRESIDENCIAIS Graça Castanho, 54 anos, professora universitária, açoriana, não precisou de esperar pelas legislativas, nem pela caução de qualquer partido político, para assumir a sua candidatura à Presidência da República. É candidata à sucessão de Cavaco Silva, avança como independente e foi a primeira mulher a colocar-se na corrida. O anúncio, de resto, já foi feito no fim de maio, em Ponta Delgada.
“Estou mais do que preparada para o cargo”, assegurou Graça Castanho ao JN, quando, no périplo que anda a fazer pelo continente, fez escala no Porto. A candidata coloca a tónica da sua missão nas comunidades portuguesas no estrangeiro, o que ajuda a justificar o slogan de campanha: “De Portugal para o mundo”.
“As comunidades portuguesas vivem dias de grande pujança: socialmente, porque estão muito bem integradas; economicamente, porque contribuem para o sucesso desses países; e a nível político, porque são muito interventivas”.
Natural da Ribeira Brava, a antiga diretora regional das comunidades, conselheira do ensino de Português para os Estados Unidos e a Bermuda e primeira coordenadora do Plano Nacional de Leitura pretende investir “na cultura e na educação” e demonstrar que é “possível e desejável atribuir a mesma dimensão de grandiosidade a todas as parcelas de Portugal e ouvi-las a todas com a mesma dignidade”.
A candidatura de Graça Castanho reivindica também a pretensão de “contribuir para a moralização da política, começando pelo mais alto cargo da nação”.