Concorrente ao Rosa Mota vai contestar
O consórcio Porto 100% Porto (constituído pela construtora Lúcios e pela PEV Entertainnment) vai contestar, nos próximos dias, a decisão do júri do concurso público para a reabilitação/exploração do Pavilhão Rosa Mota, que considerou que as duas candidaturas apresentadas não respeitaram o caderno de encargos, rejeitando-as.
Para a Porto 100% Porto, é “um bocado estranho” que a sua proposta e a do consórcio ACP/ANJE/Meo Arena tenham cometido os mesmos erros. Além disso, considera ter apresentado a melhor proposta. Primeiro, era a que oferecia um valor mais elevado de renda pela exploração do Rosa Mota. Depois, propunha-se a avançar apenas com capitais próprios. Além de que o projeto de transformação do Palácio de Cristal num centro de congressos tinha a assinatura do gabinete de arquitetura que desenhou o Mercado do Bom Sucesso, recebendo o Global Awards for Excellence: a FA-Arquitetos. “Investimos milhares de euros no projeto. Parece que andaram a brincar connosco”, desabafa Jorge Lopes, da PEV Entertainnment.
Jorge Lopes está convicto de que o consórcio Porto 100% Porto cumpriu todos os pressupostos do cadernos de encargos. “Aliás, estranhamos que no preâmbulo da carta que recebemos do júri, nas definições dos pressupostos para a criação de um centro de congressos de dimensão acima dos espaços disponíveis na cidade, estejam elementos que não constam do caderno de encargos”, apontou.
Contactado pelo JN, o presidente da Associação Comercial, Nuno Botelho, garante ainda não ter decidido se também irá contestar a decisão do júri.