Onda de ataques atinge a Turquia
Terrorismo Duas mulheres atacaram o consulado dos EUA e vários militares morreram em atentados
Duas mulheres foram ontem atingidas a tiro no consulado norte-americano em Istambul e pelo menos oito pessoas morreram numa onda de ataques contra as forças policiais turcas.
Há várias semanas que a Turquia, que integra a NATO, lançou uma ofensiva contra o Estado Islâmico, curdos e grupos de extrema-esquerda e se mantém em estado de alerta com o que chama de “guerra sincronizada contra o terror” que inclui ataques aéreos na Síria e no Norte do Iraque.
Um grupo de extrema-esquerda que matou um segurança turco, em 2013, num ataque contra a embaixada norte-americana reclamou o ataque de ontem.
A Frente de Libertação do Povo Revolucionário (DHKP-C), considerado um grupo terrorista, reivindicou a presença de um militante seu no ataque e classificou Washington como “arqui-inimigo” do povo do Médio Oriente e do Mundo.
O ministro dos Negócios Estrangeiros turco condenou o atentado e disse que a segurança nas missões diplomáticas dos EUA foi reforçada.
Uma testemunha do ataque ao consulado dos EUA citada pela agência Reuters relatou que uma das mulheres disparou contra os seguranças e o pessoal diplomático. Uma das duas mulheres acabou por ser detida com ferimentos. Trata-se de uma militante da DHKP-C que já cumpriu pena de prisão.
Noutra zona de Istambul, um veículo com explosivos foi usado contra uma esquadra da Polícia, ferindo três agentes e sete civis. Um dos atacantes foi morto no ataque e dois outros assim como um agente morreram no tiroteio que se seguiu.
Um outro ataque, em Silopi, na região curda, provocou a morte de quatro soldados, atingidos por uma explosão quando se deslocavam num veículo blindado. Um soldado foi morto num ataque contra um helicóptero em Sirnak. Outros sete militares ficaram feridos.