Jornal de Notícias

“Isto é para divertir,

- BALANÇO SUDOESTE CATARINA FERREIRA

O festival Meo Sudoeste fechou anteontem de madrugada a 19.ª edição. Cinco dias de concertos levaram 188 mil festivalei­ros à herdade da Casa Branca, na Zambujeira do Mar, Alentejo. Segundo Luís Montez, dono da Música no Coração, promotora do evento, “este ano houve 12 a 15 mil festivalei­ros a mais do que em 2014”. Este incremento deve-se à quantidade de público espanhol e inglês que rumou ao certame – só em Espanha foram vendidas 3800 entradas, mas Montez acredita haver muitas mais compradas em plataforma­s portuguesa­s.

O Meo Sudoeste é o mais rentável de todos os que a promotora organiza (tem também o Super Bock Super Rock, o EDP Cool Jazz, o Caixa Ribeira, o Caixa Alfama e o Sumol Summer Fest). O investimen­to foi de 3 milhões e 800 mil euros e, sem quantifica­r, diz que “o retorno é positivo”, mas que em 1997 havia menos festivais do que agora. A fórmula de sucesso prende-se com o facto de o Sudoeste não ser num meio urbano e conjugar o melhor de dois mundos: a praia e o campismo.

O próximo ano será especial, o festival comemora 20 anos. Do cartaz foi já adiantado que Hardwell, o popular DJ holandês, vai regressar – na noite em que fechou o seu set com um tema de Buraka Som Sistema estavam 42 mil pessoas a dançar. A aposta nos DJ é também para continuar, como explicou o responsáve­l da Música no Coração: “Isto é um festival para divertir, não é para deprimir”. Mas nem só de EDM (Electronic Dance Music) viverá o festival, a música portuguesa vai estar, de novo, em destaque: Agir regressará, e agora no palco principal, dado o êxito do concerto que protagoniz­ou no Palco Santa Casa. E a representa­tividade da música angolana também será prolongada: o artista C4 Pedro, que atuou como convidado de Pérola, voltará porque “o CD que vai lançar em outubro vai ser um êxito”, assegura Luís Montez. Para a 20.ª edição, no início de agosto de 2016, a promotora tem também a intenção de trazer algum artista da primeira edição que ainda esteja no ativo.

Luísa Galindo, responsáve­l da marca Meo, patrocinad­ora do festival, explica que “cada ano, para fazer a programaçã­o, são feitos vários estudos, alguns ainda com o festival a decorrer, e esses ‘inputs’ são muito importante­s”, considerou.

Este ano houve 12 a 15 mil pessoas a mais do que em 2014

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Com público maioritari­amente adolescent­e, Meo Sudoeste encerrou ontem

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